OFERTAS JÁ REALIZADAS
Estratégias de negociação e comunicação internacional
Docente: Luciano Alexandrino dos Santos Junior [+]
Com o advento da pandemia global COVID-19 o ambiente virtual se consolidou em diversas áreas como alternativa para as medidas restritivas. As fronteiras, a economia e os negócios internacionais se reconfiguraram exigindo competências e habilidades que busquem sobrepujar os impactos deste novo desafio. Com isso, o processo de encerramento de barreiras geográficas que vinha sendo desenvolvido pela globalização, foi acelerado pela pandemia, indiscutivelmente cessando a distância entre atores internacionais. Dessa forma, este curso pretende desenvolver as habilidades interpessoais e técnicas de negociação e comunicação em diferentes situações profissionais, pessoais e acadêmicas. Tais habilidades são essenciais para a resolução de conflitos e para tomadas de decisões em cenários nos quais a competitividade e a obtenção de acordos surgem como fatores necessários de sucesso nas relações públicas, privadas, comerciais, locais ou globais.
Oito aulas semanais
Início em 01 de junho de 2022.
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Graffiti, muralismos e outras intervenções possíveis da América Latina
Docente: Fellipe Eloy Teixeira Albuquerque [+]
Entre os anos de 2019 e 2021 as Escolas Municipais de Ensino Fundamental Professora Maria Aparecida Rodrigues Cintra e Padre Leonel Franca foram palcos de um conjunto de intervenções urbanas, que vão desde exercícios livre com spray análogos ao pixo até a pintura muralista latino-americana Veronica Ytier. Excepcionalmente no ano de 2021, um mural de graffiti (Pindorama) foi feito com os estudantes como complemento às atividades do projeto “Romântico, demasiado romântico: estudos sobre os resquícios do Romantismo no cotidiano escolar”. Essa proposta de curso visa introduzir embasamentos teórico-metodológicos aos interessados, artistas iniciados ou não em arte urbana, que queiram desenvolver ações de intervenções em escolas, em espaços públicos ou privados. Ressaltando que as práticas e metodologias desenvolvidas aqui são podem ser desenvolvidas por iniciados ou não em práticas de criação artística.
Oito aulas semanais
Início em 01 de junho de 2022.
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
História, Direito e Decolonialidade: perspectivas para análise histórico-jurídica da América Latina
Docentes: Vanessa Massuchetto [+] Camilla de Freitas Macedo [+]
A proposta é abordar as teorias decoloniais e desenvolver algumas questões principais para a América Latina de modo teórico e epistemológico. As primeiras quatro aulas enfocam em diferenciar o pensamento decolonial dos pensamentos pós-colonial e anti-colonial para restar claros os pontos chave que estão em debate nas aulas. Nas seguintes o foco é o melhor desenvolvimento dos significados de colonialidade e os pontos de crítica pelas teorias decoloniais, trazendo a figura do subalterno como um elemento importante do debate entre as perspectivas pós-colonial e decolonial. Na sequência, haverá uma aula específica para o aprofundamento da reflexão do pensamento decolonial para o campo da história e outra para o campo do direito para, por derradeiro, exercitar a compreensão aos temas debatidos a partir de textos da obra de Ailton Krenak.
Oito aulas semanais
Início em 01 de junho de 2022.
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Imigração e refúgio na América do Sul: velhos e novos desafios
Docentes: André Luiz Lanza [+] Mayra Coan Lago [+]
As migrações internacionais são um fenômeno humano, mundial e antigo. Especificamente na América do Sul, as migrações – forçadas, espontâneas ou subsidiadas – e os refúgios forjaram as nações do subcontinente, suas economias e suas sociedades. A questão e as políticas migratórias são dinâmicas e passaram por transformações ao longo dos séculos XIX e XXI. Neste curso, apresentaremos essa temática de forma comparativa e transversal, mostrando as similaridades e diferenças nas políticas migratórias ao longo do tempo nos países da região. Além disso, também buscaremos refletir sobre a questão migratória em alguns dos blocos regionais, como na Comunidade Andina, no Mercado Comum do Sul e na União de Nações Sul-Americanas a fim de compreender como esse tema tem sido pensado de maneira conjunta por alguns dos países sul-americanos e os desafios que a pandemia e seus desdobramentos geraram para o tratamento da questão entre os países.
Oito aulas semanais
Início em 01 de junho de 2022.
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Marias de Nossa Mãe: Fé, Feminino e as Américas
Docente: Diego Uchoa de Amorim [+]
O presente curso nasce da intenção em levar a diferentes sujeitos e espaços a discussão
em torno da importância dos cultos marianos na América Latina e Caribe incluindo suas
relações com o universo feminino e a mulher na formação histórica, social e cultural do
nosso subcontinente. Um dos traços mais marcantes da subjetividade latino-americana é
sua relação com o cristianismo. Parte do processo de colonização europeia das mentes, a
religião cristã católica, a partir da evangelização e enfrentamento de grupos resistentes,
conseguiu fazer com que esta região geográfica se tornasse um polo do catolicismo
mundial até os dias de hoje. Nesse desenvolver do tempo, trocas de referências e símbolos
culturais foram marcantes entre a mitologia cristã, as mitologias dos povos nativos do
continente e dos povos oriundos da África. Um dos produtos mais marcantes desse
turbilhão, sem dúvida, é a centralidade da figura da Virgem Maria na religiosidade da
América Latina e Caribe. Padroeira de todos os países da região, a mãe de Cristo está
entranhada na religiosidade popular e é interpretada de inúmeras maneiras a partir dos
prismas culturais locais. Mesmo todas sendo Virgem Maria são distintas entre si, a riqueza
cultural local as diferencia. Contudo, a centralidade da figura da mulher na construção
histórica da América Latina as aproxima. Pensar as relações entre Fé, Feminino e as
Américas será o eixo central da comunicação.
Oito aulas semanais
Início em 01 de junho de 2022.
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Modernismos na América Latina: paradoxos e contradições
Docentes: Maria Margarida Cintra Nepomuceno [+] Andrea Rosendo [+]
Se analisarmos os movimentos modernistas da América Latina, pois foram muitos e dentro de temporalidades diferentes, encontraremos muitas referências que vão determinar o final do ciclo das vanguardas europeias, mais conhecido como “retorno à ordem” e o início de um ciclo de modernismos na América Latina que teve uma duração bem mais longa que a inspiração europeia, que foi diverso e pautou-se por contradições, desencontros e paradoxos.
Boa aparte das expressões artísticas das sociedades do início do século XX foram invisibilizadas diante da ordem tirânica do modernismo que estabeleceu categorizações subalternas, parâmetros forâneos, diga-se eurocêntricos, para definir o que era moderno ou não. Esse posicionamento excludente, claramente identificado com o conceito de colonialidade do saber/poder, estendeu-se aos outros planos do conhecimento da sociedades.
Oito aulas semanais
Início em 01 de junho de 2022.
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Mulheres e direito: abordagens e perspectivas do Feminismo Jurídico
Docentes: Vanessa Massuchetto [+] Marcela Requião [+]
O curso aborda de uma forma ampla as abordagens e perspectivas do Feminismo Jurídico enquanto críticas feministas à construção de uma teoria feminista do Direito. Nas primeiras aulas, a proposta é partir da historicidade dos movimentos feministas para compreender os debates por eles levantados para, nas aulas subsequentes, entender sobre quais pontos principais da teoria do Direito as críticas feministas serão desenvolvidas. Assim, então, ao longo das demais aulas serão estudadas e debatidas as teorias mais difundidas do Feminismo Jurídico, buscando aproximá-las dos contextos específicos da América Latina e, particularmente, do brasileiro através de debates sobre o constitucionalismo, políticas públicas e justiça.
Oito aulas semanais
Início em 01 de junho de 2022.
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Os desafios da América Latina para superar a crise da pandemia da Covid-19: cooperação, integração e solidariedade regional
Docentes: Gabriel Dib Daud De Vuono [+] Margarida Nepomuceno [+]
Em fevereiro de 2020, a América Latina registrou o primeiro caso de Covid-19. Nos meses subsequentes, o vírus se espalhou por toda a região gerando impactos nos âmbitos humanitários, sanitários, políticos, econômicos e sociais. A crise da pandemia da Covid-19 aprofundou problemas estruturais já existentes na América Latina. O crescimento econômico dos países despencou 8% em 2020 e o desemprego- impulsionado pela desaceleração mencionada, pela implantação da tecnologia de ponta e flexibilização das leis do trabalho que já vinham ocorrendo- pode chegar nos 30 milhões (OIT). Além disso 20 milhões de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza e os salários tiveram uma queda de 70% do seu valor (CEPAL). Diante deste cenário complexo, com inúmeros desafios e de extrema desgovernança, é preciso pensar: quais as saídas da crise na América Latina?
Oito aulas semanais
Início em 01 de junho de 2022.
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
As substâncias psicoativas ou “drogas” como objeto de estudos nas Ciências Sociais
Docente: Dr. Ronaldo Martins Gomes [+]
O objeto do presente curso de extensão são as substâncias psicoativas ou “drogas” no campo das Ciências Sociais, com uma abordagem orientada para as dimensões: (i) histórico-cultural e (ii) sócio-político. Nesse sentido, com vistas a tornar a leitura do Resumo da Proposta mais interessante, construiu-se uma sequência de 4 Seções: (Seção I); (Seção II); (Seção III) e (Seção IV). Cada Seção corresponderá a dois encontros de 60 minutos, com a seguinte estrutura. Seção I – A construção do objeto “drogas” evidenciará aspectos da pesquisa sobre psicoativos em termos teórico-metodológicos. Seção II – “Drogas” no tempo e no espaço, trabalhará os aspectos ligados às formas e motivações de uso até meados do século XIX com a emergência de políticas proibicionistas. Seção III – “Drogas” sob estigma e controle, um olhar sobre o século XX, como século do proibicionismo e guerras às “drogas” e algumas de suas consequências para o século XXI e, por fim, Seção IV – As “drogas” e a economia dos tratamentos, em que se enfrenta a questão do uso abusivo como problema de saúde pública, e a perigosa, quando não trágica, economia dos tratamentos religiosos.
Oito aulas semanais
Início em 13 de setembro de 2021. INSCRIÇÕES PRORROGADAS ATÉ 10.09 (SEXTA-FEIRA)!
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Direitos Humanos em pretuguês: caminhos para a construção de uma política de vida para a população negra
Docentes: Ma. Danielle Ferreira Medeiro da Silva de Araújo [+] e Ma. Walkyria Chagas da Silva Santos [+]
Compreender a trajetória de construção dos direitos humanos em pretuguês, revisitando a história, memória e os ressentimentos que marcam a trajetória de exclusão da população negra no Brasil. Como se construiu o estereótipo do copo marginal e como o Estado e a sociedade mantém a prisão dos corpos e seu extermínio através de uma biolítica negativa? A juventude negra precisa ter as suas particularidades reconhecidas e sua dignidade respeitada, visando assim a concretude de uma sociedade livre, justa e solidária (Art. 3º, I, da CF 1988).
A partir dos estudos de autores (as)clássicos e atuais, tais como: Foucault, Esposito, Mbembe, Tula Pires e textos autorais, as organizadoras pretendem discutir e propor aos participantes a elaboração de projetos de ação para a construção de uma política de vida, que nasce no reconhecimento da multiplicidade e da diversidade da vida e dos seus modos de constituição. Durante o curso os alunos terão a oportunidade de construir um projeto de intervenção social de luta antirracista a ser aplicado na comunidade ou território em que vive e ou atua/dialoga.
Oito aulas semanais
Início em 13 de setembro de 2021. INSCRIÇÕES PRORROGADAS ATÉ 10.09 (SEXTA-FEIRA)!
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Educação patrimonial: da legislação à prática
Docentes: Ma. Cecilia Nunes Rabelo [+] e Me. Adson Rodrigo Silva Pinheiro [+]
A proposta tem por objetivo principal qualificar profissionais da área de gestão do patrimônio cultural acerca das potencialidades da educação patrimonial. Para tanto, o curso parte da análise teórica da legislação nacional e internacional sobre o tema, passando pela compreensão de suas bases fundamentais até as normativas específicas acerca da educação patrimonial. Após essa etapa, o discente terá contato com os aspectos práticos da educação voltada para o patrimônio cultural, discutindo os conceitos de memória, identidades, museus, bens culturais que necessariamente emergem quando se pensa na mediação educacional, bem como acerca da temática do patrimônio cultural relacionada aos museus. É indiscutível a necessidade atual da temática, visto a importância da relação entre patrimônio cultural e educação para promover o conhecimento, a proteção, a valorização, a promoção e a difusão dos bens culturais.
Oito aulas semanais
Início em 13 de setembro de 2021. INSCRIÇÕES PRORROGADAS ATÉ 10.09 (SEXTA-FEIRA)!
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Etno-história andina: O processo de transformação da alteridade nativa no Vice- Reino do Peru
Docente: Ma. Lorena Gouvêa de Araújo [+]
Desde que os peninsulares chegaram ao território do atual Peru, no século XVI, a população local sofreu transformações nas mais variadas esferas (política, econômica, cultural, social, etc.), uma vez que os agentes participantes desse projeto reorganizaram os nativos e os orientaram, enquanto súditos da Coroa hispânica, inaugurando um novo projeto de sociedade. Dentre as novidades mencionadas, destacamos, a transformação religiosa que sofreu a população andina. Esta teve, sua religiosidade, traduzida para o sistema simbólico europeu, que não compreendeu a organicidade dos valores que possuíam em relação ao mundo. Carregados em maior ou menor grau das concepções religiosas cristãs, os hispânicos traduziram os ritos andinos em atividade demoníaca e o nativo religioso em idólatra. Ainda que a legislação não o tenha tratado enquanto herege, e que o Tribunal do Santo Ofício não o tenha perseguido, as autoridades eclesiásticas se debruçaram na luta sistemática de extirpação da religiosidade nativa a partir de 1610, castigando-os, aculturando-os e orientando-os em direção da fé em Cristo. A proposta deste curso é analisar as transformações, mais especificamente do campo religioso, que sofreu a tradição religiosa autóctone frente à evangelização.
Oito aulas semanais
Início em 13 de setembro de 2021. INSCRIÇÕES PRORROGADAS ATÉ 10.09 (SEXTA-FEIRA)!
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Nas bases e nas margens da construção dos estados nacionais: negros, mulheres, indígenas e trabalhadores latino-americanos (1830-1930)
Docente: Ma. Tania Rodríguez Ravera [+]
Neste curso se pretende abordar a história latino-americana desde uma perspectiva interseccional e intercultural, que permita brindar ferramentas de análise para docentes, pesquisadores e outros interessados na temática. A ênfase está no estudo dos processos de construção dos estados nacionais latino-americanos pôs independências e o lugar e papel que desenvolveram os sujeitos historicamente excluídos dos relatos nacionais tradicionais (mulheres, indígenas, negros e trabalhadores). Se parte da premissa de que vários dos problemas sociais, culturais, políticos e econômicos que enfrenta América Latina atualmente, são fruto e consequência dos acontecimentos desses anos (1830-1930) assim como das bases ideológicas nas quais se estruturaram os estados nacionais latino-americanos. Se pretende evidenciar as dinâmicas e processos – com suas semelhanças e diferenças – que compartem os países latino-americanos e caribenhos, com ênfase nas lutas e resistências que permeiam a história do continente.
Oito aulas semanais
Início em 15 de setembro de 2021. INSCRIÇÕES PRORROGADAS ATÉ 10.09 (SEXTA-FEIRA)!
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
O saber-fazer do feminino: política, psicanálise e artes
Docente: Ma. Kamila Karen de Jesus Costa [+]
Entender o feminino como uma alavanca metodológica frente ao pensamento hegemônico. Seu saber-fazer como outras possibilidades políticas e poéticas. Trazer ao diálogo, por meio da teoria política contemporânea e da psicanálise, modos de vivência do feminino dentro da escrita e das artes. O feminino e o barroco em Lacan. O corpo, a subjetividade e a ideia de inscrição do poder em Foucault. A escrita e o erótico em Barthes e Severo Sarduy. Acessando o feminino em Nicole Brossard, Hélène Cixous e Audre Lorde. Política-poética do feminino em Adriana Varejão, Cheryl Clarke e June Jordan.
Oito aulas semanais
Início em 13 de setembro de 2021. INSCRIÇÕES PRORROGADAS ATÉ 10.09 (SEXTA-FEIRA)!
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Questões de gênero em obras de escritoras brasileiras (1859-2021)
Docente: Ma. Luciana Lima Silva [+]
Docente auxiliar: Taís Alves Teixeira.
A proposta do curso é apresentar um panorama das principais obras literárias de autoria feminina produzidas no Brasil, em especial na modernidade/contemporaneidade, em que se observam questões de gênero, raça e classe. Por meio desses textos, pretende-se ressaltar a variedade de pensamentos e escritas das autoras brasileiras e as características fundamentais das obras abordadas, situando as discussões dentro do contexto da luta feminista na sociedade, em especial no que diz respeito à violência de gênero no Brasil e nas Américas.
Oito aulas semanais
Início em 13 de setembro de 2021. INSCRIÇÕES PRORROGADAS ATÉ 10.09 (SEXTA-FEIRA)!
[+] Programa completo
[+] Reservar vaga
[+] Perguntas frequentes
Cidades Plurais: interseccionalidades e novas abordagens das questões urbanas
Docente: Dr. Bruno Puccinelli [+]
Esta proposta visa abordar a questão das cidades, das conceituações do urbano e dos cruzamentos interseccionais com raça, gênero e sexualidade no debate contemporâneo a partir de diferentes áreas de conhecimento, de pautas dos movimentos sociais e mobilizações on e off line. Pretendemos oferecer subsídio teórico sobre o tema em geral trazendo contribuições de diferentes áreas do conhecimento, com foco em especial na forma como sociólogos/as e antropólogos/as têm se referido às cidades. Contudo, nos interessa cruzar o debate com as abordagens da geografia e a arquitetura, por exemplo, tensionando uma ideia geral de cidade com as provocações das teorias feministas e feministas negras, bem como das geografias feminista e das sexualidades. O objetivo principal é cruzar tais abordagens a partir do debate atual sobre o “direito à cidade”, suas limitações nos contextos urbanos liberais e neo-liberais e as disputas transnacionais travadas no campo das ideias e das intervenções espaciais.
Pesquisa de campo em cultura: teoria e prática etnográfica
Docente: Ma. Aline Moschen de Andrade [+]
Desde as contribuições de Malinowski no início do século XX, a etnografia marca os estudos culturais, privilegiando a noção de “campo” em pesquisas voltadas à descrição e comparação de povos compreendidos como singulares nesse período. Todavia, as questões que decorrem das variantes históricas da disciplina, com especial atenção aos debates que transformam o fazer etnográfico em 1970, desdobrando-se nos conceitos de reflexividade, afetação e ficção, fazem possível a revisão da noção de “cultura”, até então pensada como pressuposto absoluto e ponto de partida das narrativas etnográficas. Este é um curso de introdução à prática etnográfica como categoria de pensamento, teoria e produção de relações, que se debruça sobre os compromissos éticos desse fazer, não eliminando a necessidade de discorrer sobre as relações de poder em campo e possíveis tensões que as permeiam. Na bibliografia que instrumentaliza o curso, imaginamos um diálogo entre os autores de etnografias clássicas e autores mais recentes, incluindo autores de perspectivas não hegemônicas. Apostamos que diante da ampliação do fazer etnográfico, quando a prática passa a incluir grupos de pertença do pesquisador, contextos urbanos e leva em conta dimensões de gênero, algumas questões necessitam reposicionar sentidos, sem necessariamente fomentar narrativas de superação entre os períodos em que se apresentam.
Administração Pública da Cultura
Docente: Dra. Amanda Patrycia Coutinho de Cerqueira [+]
Inaugurada em meados do século XVII e consolidada entre os anos 1960 e 1990, a concepção de cultura como recurso, tem atraído cada vez mais investimentos para as indústrias culturais e colocado em pauta a perspectiva do gerenciamento e racionalidade administrativa na área. Proliferam-se as diversas organizações agenciadoras de cultura, chamando a atenção de teóricos, governos, empresariado, terceiro setor, regulamentações comerciais, jurídicas e bancos de desenvolvimento. Na emergência de conceitos como economia da cultura e da criatividade, desenvolve-se a área da administração pública setorial.
Por meio de uma metodologia crítica, prática e atualizada, o curso tem o objetivo de direcionar para gestores públicos, assim como para profissionais e estudiosos da área, a compreensão geral e questões específicas acerca da implementação das políticas públicas da cultura nas três esferas de gestão, com ênfase nas inovações para boas práticas na e para a administração pública brasileira.
Cultura e Relações Internacionais: Perspectivas Decoloniais Latino-Americanas
Docente: Ma. Valéria Teixeira Graziano [+]
Nas duas primeiras décadas do século XXI, proliferaram-se no âmbito das Relações Culturais Internacionais instrumentos jurídicos, atores e arranjos político-institucionais intergovernamentais regionais e globais, resultando em uma agenda renovada e ampliada, a qual passou a incorporar, a partir da noção de transversalidade da cultura, temas como diversidade cultural e interculturalidade, plurinacionalidade, direitos indígenas, políticas comunitárias, dentre outros. O curso visa apresentar tal panorama e promover reflexões sobre as políticas culturais internacionais, bem como sobre a relação entre cultura e Relações Internacionais, a partir de perspectivas teóricas decoloniais e análises relacionadas à cooperação internacional e à integração regional no âmbito latino-americano.
Formação Livre em Cinema e Educação
Docentes: Ma. Gisele Motta Ferreira [+] e Ma. Gabriela Rizo Ferreira [+]
A Formação livre em cinema e educação foi construída coletivamente por Gisele Motta e Catu Rizo, duas jovens cineastas da periferia do Rio de Janeiro. Entre os diferentes nomes que pensamos, escolhemos formação por entender que é um curso voltado para educadores, professores, arte-educadores, educadores populares, pais, mães e responsáveis de crianças e adolescentes e demais interessados na convergência entre cinema e educação. Pensamos que essa formação é livre porque é fruto da apropriação de diversas abordagens para a construção de nossa prática educativa e propomos que a partir das referências que trazemos, cada participante construa sua própria prática, a partir de seu contexto. Nosso tema é a interseção entre cinema e educação e nossa abordagem tem um caráter autonarrativo porque parte da experiência de duas profissionais do audiovisual, que atuam a partir da Pedagogia do Cinema, para costurar metodologias, dispositivos e jogos que usamos na nossa prática como mediadoras de audiovisual. Dividimos o curso em oito tópicos: 1) Apresentação e Relatos de Experiência; 2) Cinema e Educação; 3) Primórdios do Cinema 4) Linguagem do Cinema 5) Montagem 6) Dispositivos e Jogos; 7) Cineclube e Curadoria 8) Considerações finais e exercício.
Teorias feministas e neoliberalismo: debates contemporâneos
Docente: Dra. Danielle Tega [+]
Diante do atual cenário marcado pelo capitalismo neoliberal, pela crise das democracias e pelo crescimento da extrema direita, a forte presença de produções teóricas feministas dispostas a debater essas questões ganha destaque. Para além da rejeição a determinado feminismo que se compactuaria com ideais liberais, essas produções identificam os impactos dos projetos neoliberais e da chamada “virada conservadora” nas vidas das mulheres, pontuando as explorações de classe, as opressões racistas e as resistências construídas. Nesse sentido, a proposta desta disciplina é apresentar a crítica ao neoliberalismo feita por teóricas feministas do Norte e do Sul global, analisando como mobilizam diferentes conexões entre estruturas sociais, quais especificidades reconhecem e que tipos de enfrentamentos defendem.
As noções de realidade psíquica e de loucura em Sigmund Freud e Jacques Lacan: considerações sobre o diagnóstico em psicanálise
Docente: Dra. Deborah Lima Klajnman [+]
A discussão entre o limite de ser ou não louco, assim como entre o que definiria a neurose e a psicose atravessa tanto a obra de Freud quanto o ensino de Lacan. Com a instigante afirmação “[…] todo mundo é louco, ou seja, delirante” (1978, p. 35), Lacan aproxima a categoria de delirante a de loucura, abrindo um percurso de investigação sobre a relação entre a loucura e o que seriam os seus fenômenos. Pontuamos neste curso que generalizar a loucura não é, no entanto banalizá-la, mas quer dizer que, assim como todos são tomados pelo o que Lacan denominou de real, todos precisam construir a sua própria maneira de viver diante do sem sentido que o real, nos impõe. Nesse caminho, é possível pensar em um ponto de loucura inerente ao ser falante. Isto é, considerar uma dimensão da loucura que é ao mesmo única concernente a todos, significa também retirar a loucura do senso patológico e incorporá-la a uma dimensão do ser falante.
A proposta deste curso é, portanto, a partir da destacada citação lacaniana, percorrer os principais textos e conceitos de Freud e de Lacan, que abordam a noção de loucura, de realidade psíquica e de diagnóstico, examinando, dessa forma, as posições teórico-clínicas assumidas, por ambos autores sobre o tema, em diferentes momentos de seus respectivos percursos.
Oito aulas semanais
[+] Programa completo
Epistemologia da Escrita Acadêmica – Outras estéticas para a expressão do conhecimento
Docente: Ma. Camila Ribeiro de Almeida Rezende [+]
O curso busca apresentar e problematizar a escrita acadêmica enquanto constitutiva de epistemologias, e não apenas como meio de transmissão do conhecimento/pesquisa. Tendo em vista a ação autobiográfica no trabalho intelectual e a impossibilidade das separações entre sujeito/objeto, emoção/razão, arte/ciência o curso reflete sobre a expressão dos sujeitos nos textos científicos e o problema da construção de uma objetividade cartesiana no campo acadêmico.
Uma escrita asséptica de sujeito como garantia de objetividade não se justifica mais, até porque, quando refletimos sobre como essa escrita foi implementada, identificamos em sua origem uma cultura branca, falocêntrica e colonizadora. Assim, partindo de um embasamento teórico da Sociologia e da Arte, o curso visa possibilitar outras ações e práticas para a escrita acadêmica fornecendo aos participantes uma consciência crítica sobre o processo e a estética de suas produções textuais.
Quatro aulas semanais
[+] Programa completo
O que pode um psicólogo na Assistência Social: desafios e estratégias
Docente: Ma. Aline Garcia Aveiro [+] e Docente Auxiliar: Ma. Beatriz Saks Hahne [+]
Com o advento da organização da política de Assistência Social (SUAS), implantada a partir de 2005, o campo de atuação do psicólogo se intensificou de forma exponencial na denominada área social. Atuando nos diferentes serviços que integram desde a Proteção Básica à Especial, integrando equipes multidisciplinares, o psicólogo tem se deparado com o desafio de compreender qual a sua especificidade e a partir de quais referenciais teórico-conceitos pode trabalhar. Com o objetivo de contribuir com o cotidiano do trabalho desses profissionais, busca-se ampliar a compreensão acerca das situações de violência, risco e vulnerabilidade encontradas nas famílias atendidas, bem como ofertar estratégias que contribuam para a invenção de estratégias de intervenção.
Quatro aulas semanais
[+] Programa completo
Judicialização da Política
Docente: Ma. Caroline Bianca Graeff [+]
Nas últimas décadas podemos observar um aumento significativo da atuação do Judiciário, principalmente do Supremo Tribunal Federal, em questões políticas e de uma forma política. Tal diagnóstico vem sendo chamado por estudiosos do Direito e das Ciências Sociais de Judicialização da Política. A partir da conceituação desta problemática, pretende-se propiciar um debate em torno das principais temáticas que aparecem nas discussões teóricas sobre o assunto, desenvolvendo uma análise crítica acerca deste conceito e estimulando uma reflexão sobre a relação entre os poderes, o ativismo judicial e o protagonismo do Poder Judiciário em questões políticas.
Quatro aulas semanais
[+] Programa completo
Arte popular brasileira: fronteiras e diálogos
Docente: Ma. Barbara Cristina de Campos Almeida Passeau [+]
A partir de um panorama da arte popular brasileira, o curso debaterá o próprio conceito de “arte popular”, pensando em como os cânones podem balizar a história cultural. Ao longo das aulas, serão analisadas obras de artistas autodidatas que produziram ao longo dos séculos XX e XXI, principalmente nas regiões nordeste e centro-oeste do Brasil, bem como propostas curatoriais desse mesmo período, em uma busca por entender como o circuito institucional se posiciona em relação à arte destes produtores não acadêmicos. Cada momento contará com o apoio de referências teóricas da antropologia e da história da arte, que ajudarão a embasar as discussões.
Quatro aulas semanais
[+] Programa completo
Práticas profissionais no atendimento ao adolescente autor de ato infracional: história e atualidade das medidas socioeducativas
Docente: Ma. Beatriz Saks Hahne [+]
Docente Auxiliar: Ma. Aline Garcia Aveiro [+]
Este curso insere-se na temática da juventude em conflito com a lei e toma tal sujeito – o adolescente – na relação com o profissional que o atende, prioritariamente, atores do Sistema Socioeducativo e do Sistema de Garantia de Direitos. O atendimento socioeducativo é atravessado por uma complexidade de situações (violências de diversas ordens, violação dos direitos sociais, institucionalização das vidas, desconhecimento quanto ao processo socioeducativo, entre outros); estas condições, ao serem observadas, refletidas e estudadas, podem tornar-se menos amarradas à sensação de impossibilidade, frequentemente relatada por profissionais da área, sendo recolocadas no sentido da constituição de saberes e de alianças em prol do atendimento implicado com o adolescente.
No exercício de lançar um olhar ao passado, aposta-se que o fortalecimento das práticas profissionais no campo socioeducativo implica no conhecimento histórico das instituições brasileiras no atendimento da parcela de sua infância e adolescência objeto de intervenção para, em seguida, focar o olhar no contexto atual que tem promovido intervenções e práticas no campo. O curso fornecerá subsídios teóricos ao aluno no sentido da reflexão sobre o contexto da socioeducação no Brasil para fortalecimento da aliança entre o conhecimento e a implicação na eleição dos dispositivos de trabalho dos quais lança mão.
Quatro aulas semanais
[+] Programa completo
Direito Eleitoral: perspectivas sobre o processo eleitoral brasileiro
Docente: Ma. Caroline Bianca Graeff [+]
A importância do conhecimento sobre Direito Eleitoral vai além da aplicação técnica do direito material, mas configura-se disciplina necessária no desenvolvimento da cidadania e elemento essencial na construção de uma democracia. Assim, compreender o processo de desenvolvimento e implementação do processo eleitoral torna-se de suma importância.
A partir desta premissa, desenvolve-se uma análise crítica dos comandos
constitucionais e legais que tratam do processo eleitoral, promovendo um discussão sobre o sistema eleitoral brasileiro e os principais pontos do debate contemporâneo sobre as regras que envolvem o nosso processo de escolha representativa.
Quatro aulas semanais
Brasil: pensamento social e literatura
Docente: Dr. Marcos Nogueira Milner [+]
“O que faz o brasil, Brasil?” Quais as características culturais que nos particularizam, que nos colocam em evidência perante as outras sociedades? Como nós representamos a realidade brasileira na produção cultural, sobretudo na literatura? A proposta do curso é compreender a partir do pensamento social brasileiro e de representações culturais nacionais o que foi dito ou produzido a respeito do Brasil, enquanto unidade nacional e matriz cultural.
De Gilberto Freyre a Roberto DaMatta, sem negligenciar romancistas como Jorge Amado e Machado de Assis, pretendemos a construção de um painel abordando segundo prismas distintos o que é genericamente apontado como “cultura brasileira”. Serão trabalhados ainda que brevemente, portanto, elementos como religiosidade; aspectos rituais; conflitos e desigualdades sociais; divisão litoral e interior e holismo e individualismo conforme tradicionalmente se apresentam em contexto brasileiro.
Oito aulas semanais
[+] Programa completo
Estética e cinema: o movimento entre beleza e feiura na cultura ocidental
Docente: Dra. Verônica Guimarães Brandão da Silva [+]
O curso de Estética e Cinema: o movimento entre beleza e feiura na cultura ocidental propõe o estudo de temas estéticos (na filosofia, artes, comunicação) a partir da análise crítica de nove filmes. O que é estética? O que é beleza? O que é o feio, a feiura? Veremos a estética e seus contextos; o corpo e suas mudanças culturais; a imaginação, a arte, a mídia atuando sobre conceitos do belo, do feio, do monstruoso, do mal, do diferente, do estranho. Os limites entre o belo e o feio não são tão nítidos assim. É exatamente este limiar (ainda incerto e complexo) no movimento entre beleza e feiura que este curso pretende explorar.
Os temas abordados e os filmes a serem analisados, serão os seguintes: Estética e Cinema, em “História da Feiura” (introdução da obra); o belo/bom/justo, em 300 de Esparta (2006); o grotesco, em Freaks (1932); o cômico, em Que morram os feios (2010); o estranho e monstruoso, em O homem elefante(1980); mulher (beleza e feiura), em Demônio de Neon (2016); o inquietante, em A Pele (2006); o kitsch, em Trapaceiros (2000); o feio hoje, em Shrek (2001). Teremos discussões semanais (via fórum) e a avaliação será feita por meio de resenhas semanais.
Oito aulas semanais
Pensar com os pés no chão: o respeito à alteridade epistemológica como caminho de libertação
Docente: Ma. Chryslen Mayra Barbosa Gonçalves [+]
Docente Auxiliar: Me. Hugo Allan Matos [+]
Diante da conjuntura atual de ataque ao desenvolvimento das ciências humanas e sua contribuição no campo científico e social, visamos lançar luzes de reflexão demonstrando diálogos com a sociedade no que tange à educação, política e bem-estar. Para tanto, pensar a partir de uma perspectiva transdisciplinar e descolonial é re-pensar caminhos do conhecimento na América Latina.
Desta forma, a proposta consiste em apresentar o pensamento de(s)colonial em como forma de diálogo e de construção de conhecimento na América Latina desprendendo-se da hegemonia eurocêntrica. Pretende-se num primeiro momento construir a reflexão acerca da genealogia do termo “de(s)colonial” e suas diferenças etimológicas para então identificarmos as possíveis influências desse modelo de pensamento nas demais áreas do saber.
Oito aulas semanais
O novo romance histórico brasileiro – Ferramentas de pesquisa na academia
Docente: Dr. Cristiano Mello de Oliveira [+]
O Novo Romance Histórico Brasileiro obteve boa repercussão no ambiente cultural desde a década de 1970, angariando novos leitores, estimulando escritores e editoras a apostarem nesse novo mercado editorial. Escritores, público leitor, editoras e estatísticas apostaram fielmente nesse novo seguimento que, estruturalmente, formularam expectativas positivas a esse respeito. O problema é que a escassez de estudos comporta algo já identificado pelo pesquisador Antonio Esteves sobre a dificuldade de balizar esse seguimento tão importante. Na verdade, o ressurgimento do Novo Romance Histórico no Brasil aclimata uma série de fatores que agitam o cenário cultural brasileiro nas décadas posteriores aos lançamentos dos livros de Marcio Souza Galvez, Imperador do Acre (1976), Mad Maria (1980), Lealdade (1997), entre outros títulos os quais enumeram a tapeçaria romanesca -, conforme constata o crítico Antonio Roberto Esteves.
O presente curso que será ministrado no formato de extensão objetiva delinear algumas considerações sobre a evolução do romance histórico brasileiro na recém-atualidade, conjecturando desdobramentos que possam ser iluminados por outros pesquisadores interessados. Ao longo dessa proposta traremos para o palco dessas discussões alguns pesquisadores, cada qual ao seu modo, que nos últimos tempos discutiram essa questão, a saber: ESTEVES (2010), WEINHARDT (1994), TROUCHE (2005), HUTCHEON (1989), OLIVEIRA (2016), entre outros para compreensão do tema. Objetivamos através dessa intervenção, identificar os motivos e razões da ampliação da inserção de romances históricos nas últimas décadas, disseminando novas investigações acadêmicas acerca do subgênero.
Oito aulas semanais
[+] Programa completo
Direitos Humanos, diversidade cultural e cidadania
Docente: Ma. Karen Eduarda Alves Venâncio [+]
Compreender o que são Direitos Humanos é essencial para o exercício profissional ético em diferentes áreas. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) contempla, por exemplo, o direito à vida, à liberdade, à educação e ao trabalho, entre outros, que devem ser garantidos a todos e todas, independente de nacionalidade, raça, idioma, religião, gênero ou qualquer outra condição.
O entendimento sobre os fundamentos históricos e filosóficos que cercam os Direitos Humanos, assim como a importância de defendê-los é bastante significativo para o respeito à diversidade cultural e para consolidação da democracia, além de possibilitar reflexões e práticas para diversa categorias profissionais na busca pela garantia de direitos sociais, econômicos, políticos e culturais.
O curso tem como objetivo possibilitar a compreensão do que são Direitos Humanos e da importância deles no respeito à diversidade e garantia da democracia. Espera-se a partir dos conteúdos e marcos legais apresentados, qualificar as/os participantes para realização de intervenções em diferentes realidades sociais, fornecendo também discussões teóricos e metodológica que permitam uma atuação profissional crítica, capaz de promover mudanças e garantir direitos.
Oito aulas semanais
[+] Programa completo
Direito Ambiental da Cultura
Docente: Me. Alder Thiago Bastos [+]
Docente Auxiliar: Me. Roberto Bortman [+]
O curso de extensão em direito ambiental cultural, a ser ministrado pelos docentes tem como alvo as pessoas que queiram aprender e/ou ampliar o conhecimento sobre o meio ambiente cultural. Ao longo dos anos, o conceito de direito ambiental explorado girou-se em torno dos aspectos protetivos da biota, contudo, o meio ambiente tem seu espectro protetivo muito maior, pois a cultura também é reconhecida como uma de suas facetas e igualmente necessária ao desenvolvimento humano.
Celso Antonio Pacheco Fiorillo (2018, p. 65) aduz que: “(…) o chamado patrimônio cultural traduz a história de um povo, a sua formação, cultura e, portanto, os próprios elementos identificadores de sua cidadania, que constitui princípio fundamental norteador da República Federativa do Brasil”. Na prática, verifica-se pouca exploração da temática, tornando-se relevante a proposta para demonstrar que um ambiente saudável também requer a propagação da cultura e seus elementos dogmáticos. A proposta, portanto, é propiciar através do sistema EAD, através de aulas em etapas, produzidas em vídeos, intercalados com exercícios, textos e demonstração de enunciados jurisprudenciais, os conhecimentos necessários para que os discentes possam absorver de forma adequada os conteúdos ministrados.
Oito aulas semanais
[+] Programa completo
O suicídio entre a literatura e a sociedade- a morte voluntária nos seus percursos transdisciplinares
Docente: Me. Guilherme Nogueira Milner [+]
Na égide de pensadores como Durkheim, Freud, Menninger, entre outros que dedicaram algumas páginas de seus trabalhos para pensarem sobre aqueles que, ignorando o princípio mais básico da natureza humana, isto é, a autopreservação, resolveram acabar com suas próprias vidas, os suicidas, propomos aqui um diálogo entre essa vasta obra transdisciplinar, que abarca filosofia, psicanálise, sociologia, em um diálogo sobre o que a literatura nos oferece sobre o assunto. Esta última, lembramos, Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, livro que a ele é atribuído uma onda de suicídios sem precedentes na Europa romântica.
Além de outras incontáveis personagens suicidas, podendo citar Madame Bovary, de Flaubert, tivemos também os autores que colocaram termo na sua vida, além de trabalharem o assunto nas suas obras, como o caso de Virginia Woolf, Sylvia Plath, Florbela Espanca, Camilo Castelo Branco e muitos outros. Propomos assim, também, a análise de obras como Redoma de Vidro, de Sylvia Plath, além das já citadas, com a finalidade de melhor compreendermos a manifestação do fenômeno utilizando essa abordagem da literatura comparada.
Oito aulas semanais
[+] Programa completo
Feminismos e Realidade: Análise Crítica Literária
Docente: Ma. Carla Cristina Campos Brasil Guimarães [+]
Docente auxiliar: Ma Caroline Neres de Andrade [+]
Este curso tem como objetivo tratar da função social, histórica e política da Literatura Brasileira Contemporânea de autoria feminina a partir de uma perspectiva crítica reflexiva. Dessa forma, as aulas terão como metodologia uma perspectiva discursiva crítica e reflexiva. A partir de um embasamento teórico que se dispõe a tratar dentro de um horizonte amplo e verticalizado o ponto de vista histórico dos feminismos, partindo de suas análises e das abrangências de olhares diante da relação colocadas nas prática sociais.
Nessa mesma discussão, seguiremos nas reflexões sobre a interseccionalidade e a importância de compartilhar e agrupar os diferentes olhares apresentado por meio do potencial literário feminino imerso na perspectiva social. Por fim, discutiremos as questões sobre os feminismos, a sociedade e o cotidiano histórico, para que seja possível a produção final de um ensaio sobre os temas apresentados em contexto teórico e literário, visando uma produção crítica e reflexiva sobre a atualidade e os discursos feministas.
Quatro aulas semanais
[+] Programa completo
Para além do som – relações bilíngues/biculturais na educação de surdos
Docente: Dr. Rubens Lacerda de Sá [+]
Docente Auxiliar: Me. Gabriel Silva Nascimento [+]
Com o crescente número de alunos surdos matriculados na educação regular do Brasil como resultado de políticas afirmativas e dispositivos legais especialmente nas últimas décadas, muito tem se discutido acerca do papel da língua de sinais e da língua oral na educação desses sujeitos. Aqui assumimos uma perspectiva sócio antropológica (SKLIAR, 1999) a partir da qual a surdez é compreendida como uma diferença que delimita um modo de ser específico pautado na visualidade e que permite a comunidade surda compartilhar de aspectos culturais que independem da orientação sonora e da aquisição de uma língua oral.
Nesse sentido, tencionamos discutir o que se toma como cultural em um contexto geral, desenhando concomitantemente essa noção de cultura tão fortemente defendida pelos surdos nos movimentos sociais e políticos e a partir disso refletir acerca da atuação de professores de Língua Portuguesa que se veem, por vezes, desorientados ao receberem alunos surdos em salas regulares, isto é, pensar formas possíveis de compreender a Libras não como um recurso para aquisição da Língua Portuguesa, mas como potência de aprendizagem e discussão por uma perspectiva bilíngue e bicultural.
Quatro aulas semanais
[+] Programa completo
Indicadores Culturais: Ferramentas para a gestão pública da cultura
Com antecedentes de uso na administração pública desde a década de 1960 e presente em debates da UNESCO desde a década de 1970, o uso de dados e informação na gestão pública da cultura vem se consolidando como importante instrumento metodológico para a assegurar a tomada de decisão em políticas que tem como característica sua transversalidade e potencial de coesão social. Estabelecer um panorama realista, elaborado sob rigor científico, quanto a realidades sociais, econômicas e territoriais, e que leva em conta a diversidade presente nas interpretações de cultura e valor, nos possibilita produzir subsídios a orientação e tomada de decisão em processos de diagnóstico, implementação e avaliação das ações do Estado no setor. Intersecções: Nas ciências sociais: Indicadores fornecem um importante aporte na reflexão sobre conceitos de valor, hábito e percepção nas dinâmicas de produção, circulação, consumo / fruição de bens simbólicos à luz da sociologia da cultura. Na economia: Permitem observar aspectos formais, como tributação, faturamento e emprego e lógicas particulares da economia da cultura, como intercâmbios não mercantis e a economia da informação (Benhamou, 2004). No território: Incentivam a pensar o território a partir da questão da acessibilidade cultural, desde o horizonte dos recursos e aplicado a uma problemática social, por meio de dados censais, geográficos e de infraestrutura urbana. Se espera que com os conteúdos, referências e discussões propostos, os/as participantes sejam capazes de, em contexto introdutório, (I) conhecer os antecedentes e práticas recomendadas em uso de estatística e informação em processos de políticas públicas de cultura; (II) contextualizar as práticas, ferramentas e processos desta tarefa ao corpus científico das ciências sociais aplicadas e à dinâmica da política cultural pública brasileira; (III) aplicar a projetos e demandas próprias a prática metodológica apresentada; (IV) desenvolver um indicador cultural observando: critérios de precisão, relação a uma pergunta-problema vinculada a uma problemática social, confiabilidade, representatividade e aplicação em políticas públicas culturais de tipo social, setorial e/ou territorial.
Oito aulas semanais
[+] Programa completo
[+] Selecionados para bolsas de estudos