12/08/2021

Nas bases e nas margens da construção dos estados nacionais: negros, mulheres, indígenas e trabalhadores latino-americanos (1830-1930)

Objetivo:

Abordar a história latino-americana desde uma perspectiva interseccional e intercultural; brindar ferramentas de análise para aqueles que participem do curso; evidenciar as dinâmicas e processos – com suas semelhanças e diferenças – que compartem os países latino-americanos e caribenhos, com ênfase nas lutas e resistências que permeiam a história do continente; contribuir a pensar a realidade atual a partir de uma perspectiva histórica de longa duração.

Destinatários:

Docentes e pesquisadores das áreas das ciências sociais e humanas assim como outros interessados na temática. Nível de escolaridade superior ao ensino médio.

Docente:

Prof. Ma. Tania Rodríguez Ravera

Ementa:

[Aula 1]
Apresentação do curso e dos participantes. Introdução geral aos processos de construção dos estados nacionais no período de 1830 a 1930.

Objetivo:

Brindar noções básicas dos processos iniciais de construção dos estados independentes no referente aos aspectos socais e económicos.

Abordar de maneira geral os dos grandes momentos do período: 1830 – 1870 e de 1870 a 1930.

Bibliografia:
1 – HOBSBAWM, Eric & TERENCE, Ranger. Introdução. A invenção das tradições. En: ídem. A Invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1997, pp. 9-23. 

2 – HALPERÍN DONGHI, Tulio.  Capitulo 1. Economía y sociedad. Em: Bethell, Leslie (ed.). História de América Latina. Tomo VI. Editorial Crítica: Barcelona, 1991. Pp 3 – 41.


[Aula 2]
Capitalismo dependente, racismo e colonialidade na construção dos estados nacionais.

Objetivo:
Evidenciar a estrutura do capitalismo dependente latino-americano e as continuidades existentes com o período anterior a partir do conceito “colonialidade do poder”.

Bibliografia:
1- QUIJANO, ANÍBAL. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. En: Quijano, Aníbal. Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014. 2- LANDER, Edgardo. La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales Editorial, 2000.


[Aula 3]
O “outro” na construção dos estados nacionais: mulheres, indígenas e negros.

Objetivo:
Demonstrar como a construção dos estados nacionais teve como base estruturante a construção de um “outro” repudiável e inferior por parte das elites latino-americanas.

Bibliografia:
SEGATO, Rita Laura. La Nación y sus Otros: raza, etnicidad y diversidad religiosa en tiempos de Políticas de la Identidad. Buenos Aires, Prometeo Libros, 2007.


[Aula 4]
A questão agraria na América Latina: a situação do indígena.

Objetivo:
Evidenciar os processos de exclusão dos indígenas nos processos de consolidação dos estados nacionais a partir de sua expulsão das terras ancestrais. E como este processo foi crucial no desenvolvimento económico da região.

Bibliografia:

1 – Checchia, Cristiane. “Terra e capitalismo. A questão agraria na Colombia (1848-1853)”. Brasil: Editorial Alameda, 2009.2 – Mariátegui, José Carlos. Siete ensayos de interpretación de la realidad peruana. Disponivel em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/coediciones/20120611115450/Mariategui.pdf.


[Aula 5]
América Afro-Latina: o papel dos negros e afro-americanos na construção da cidadania (1870-1930) e as políticas de branqueamento.

Objetivo:
Abordar as bases ideológicas do racismo científico que foi estruturante dos estados nacionais e a participação histórica da América Afro-Latina. Também serão abordadas questões vinculadas as correntes migratórias de trabalhadores europeus no fim do século XIX.

Bibliografia:

1- REID ANDREWS, George. América Afro-latina, 1800-2000. São Carlos: Edufscar, 2014.
2 – Documentário: “Atrás de la vajilla” (Uruguay, 2015). Realizado por Yamandú Testa, Paulo Braga y Orlando Rivero. Disponivel em: https://vimeo.com/317469483.


[Aula 6]
As mulheres: invisibilidade, lutas e resistências.

Objetivo:
Evidenciar o papel das mulheres nas construções nacionais e os mecanismos de exclusão patriarcal existentes.

Bibliografia:
1 – PRADO, Maria Lígia. A participação das mulheres nas lutas pela Independência da América Latina. En: Idem. América Latina no século XIX. Tramas, Telas e Textos. São Paulo: Edusp, 2004, pp. 29-52.2- POTTHAST, Bárbara (2010). “La mujer en la historia del Paraguay”. In: FLORES, Hilda Agnes Hulbner. Mulheres na guerra do Paraguai. Porto Alegre: EdiPUCRS. Pp. 317 a 336.


[Aula 7]
“Oprimidos pero no vencidos”: a construção das identidades latino-americanas desde as lutas e resistências.

Objetivo:
Vincular os temas trabalhados ao longo do curso a partir das noções de identidades culturais, de género e étnicas, onde as lutas e resistências são elementos fundamentais.

Bibliografia:
1 – PRADO, Maria Lígia Coelho. Identidades Latinoamericanas. En: Historia General de América Latina, vol VII. Los proyectos nacionales latinoamericanos: sus instrumentos y articulación, 1870-1930. Madrid: Unesco/Trotta, 2008, pp. 583-616.2 – CUSICANQUI, Silvia. Oprimidos pero no vencidos. Luchas del campesinado aymara y qhechwa 1900-1980. Bolivia: La mirada salvaje, 2010.


[Aula 8]
Encerramento do curso. Apresentações de trabalhos finais.

Objetivo:
Fazer uma síntese coletiva dos resultados do curso, tendo como referência os conceitos de “colonialismo interno” e “memoria coletiva” como ferramentas para pensar a historia latino-americana.

Bibliografia:
Accossatto, Romina. Colonialismo interno y memoria colectiva: Aportes de Silvia Rivera Cusicanqui al estudio de los movimientos sociales y las identificaciones políticas. Economía y Sociedad, vol. XXI, núm. 36, 2017, Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo. Disponivel em: https://www.redalyc.org/jatsRepo/510/51052064010/html/index.html


Cronograma:

Inscrições:
De 12/08/2021 a 02/09/2021 INSCRIÇÕES PRORROGADAS ATÉ 10.09!

Inicio do Curso:  13/09/2021.

Dia e horário das aulas síncronas: (à confirmar).

No curso pode haver encontros síncronos semanais ou quinzenais, contudo, a aula ficará gravada e poderá ser acessada a qualquer momento até o final do curso. A participação nos encontros síncronos não é quesito obrigatório, entretanto, o discente deve realizar todas as atividades propostas pelos docentes a fim de garantirem suas frequências no referido curso.

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