MC 01 – A Identidade Cultural na Condição Pós-moderna

Carga Horária: 03 horas.

Vagas: 30 (trinta).

Data e hora: 29/06 – 15:00.

Local: Bloco K Sala 1 – UNIOESTE.

Descrição: Na condição pós-moderna, as representações que tomavam os indivíduos com identidades centradas e unificadas, movidos pelos ideais da racionalidade, da ciência, das utopias políticas e pelos padrões universais de valores éticos e morais impostos pela cultura entraram em crise.  O surgimento de novos processos de produção e acumulação provocou a inauguração de um novo tipo de sociedade baseada no consumo, na disseminação das mídias, na informação e no conhecimento, afetando profundamente as relações entre indivíduos e instituições sociais.

A imagem veiculada na sociedade pós-moderna promove uma padronização da “experiência comum do sensível” (Cf. Rancière). Por isso, na interpretação de Rancière, tal imagem midiática promove uma despolitização da imagem.   Telenovelas, heróis do esporte (e de outros campos) e o marketing formam um sistema. A imagem do produto (mercadoria) sofre o processo de transmissão ao absorver o valor (da beleza, da performance). O consumidor além dos dois valores tradicionais (de uso e de troca) de forma inconsciente, também consome o valor de imagem. A mídia ao alçar um indivíduo ao status de ídolo cria o valor (de imagem). O marketing faz a incorporação (transmissão) desse valor à imagem do produto a ser consumido.

Ministrantes: Dr. Dagmar Manieri e Dr. Rubens Arantes Correa


MC 02 – O que pode o encontro? Procedimentos de trânsito entre individualidades e coletividades em rede

Carga Horária: 03 horas.

Vagas: 30 (trinta).

Data e hora: 29/06 – 15:00.

Local: Bloco K Sala 2 – UNIOESTE.

Descrição: Para experienciar a formação de coletividades em rede, tendo o encontro como eixo poético, xs participantes do minicurso O que pode o encontro? serão convidadxs a participar de dinâmicas e jogos coletivos que, utilizando o corpo e a fala, experimentarão o trânsito entre inquietações individuais e desejos coletivos. Como diferentes corpos e pensamentos se encontram e travam trocas potentes, equilibradas, sem opressões e favorecendo um ambiente colaborativo? Os procedimentos utilizados vêm da linguagem teatral, uma arte que tende ao coletivo, promovendo reflexões que emergem da prática, enquanto produz experiências de convívio e trabalho coletivo, inspiradas pela transversalidade da rede. Vale ressaltar que não há necessidade alguma de iniciação artística, pois a proposta está destinada especificamente ao diálogo com outras linguagens e pensamentos.

Ver o encontro como o ponto de partida de uma coletividade em processo busca equilibrar o individual e o social, de modo a favorecer o jogo entre as partes e torná-las um organismo coeso e abundante, a médio e longo prazo, valorizando sua multiplicidade. Independente dos objetivos, um trabalho coletivo – político portanto – encontra vantagens na busca de caminhos para a promoção de conexões e fluxos entre pensamento e praxis, processo e produto, forma e conteúdo, realidade e expressividade. É no encontro, no contato, no ombro a ombro, olho no olho que uma coletividade em rede se forma e se articula, portanto, roupas confortáveis e disponibilidade para o trabalho são muito bem-vindas

Ministrante: Bela. Fany Magalhães


MC 03 – Crítica Biográfica Fronteiriça: teorizações

Carga Horária: 03 horas.

Vagas: 25 (vinte e cinco).

Data e hora: 29/06 – 15:00.

Local: Bloco K Sala 3 – UNIOESTE.

Descrição: A crítica biográfica fronteiriça propõe que a fronteira possui duas acepções: aquela que aponta para a questão geográfica e a epistemológica. A partir dessa dupla natureza o presente minicurso se desdobrará em dois momentos, um mais teórico e a pratica. Em um primeiro momento será explicitado o embasamento teórico que permeará a prática e que prima por uma leitura na diferença erigida da fronteira-Sul. No segundo momento, a prática da teoria percorrerá a paisagem traçada na obra dos escritores que abordaremos neste minicurso.

O minicurso apresentará os projetos de pesquisas de cinco estudantes do NECC (Núcleo de Estudos Culturais Comparados), coordenado pelo Prof. Drº Edgar Cézar Nolasco, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Em comum a todos os projetos, a articulação em torno de conceito de fronteira nasce da consciência de nosso lócus, a tríplice fronteira Brasil/Paraguai/Bolívia, afinal falamos a partir de uma Universidade fora do “eixo cultural-cientifico”.

Ministrantes: Adrielly Ferreira Vilela, Francine Carla de Salles Cunha Rojas, Milena Nolasco Marques Silva, Pedro Henrique Alves de Medeiros e Washington Batista Leite


MC 04 – O consumo como prática sociocultural (Cancelado)

Carga Horária: 04 horas.

Vagas: 25 (vinte e cinco).

Data e hora: 29/06 – 15:00.

Descrição: A importância da interpretação crítica do consumo enquanto prática sociocultural, encontra-se, especialmente, na possibilidade de resistência aos hábitos culturais impostos pelo mercado, quando se apreende que o ato de consumir não pode ser reduzido a uma etapa do ciclo de produção, já que ele também pode ser compreendido como critério de pertencimento e objeto de luta sociais. Tais percepções sobre os diferentes papéis que o consumo pode assumir, incentivam o protagonismo, sobretudo, o coletivo, por exemplo, sobre duas problemáticas que envolvem o bem-estar social no seio da sociedade capitalista contemporânea: o consumismo e a necessidade de garantir o acesso ao consumo de bens e serviços públicos com base na premissa de universalidade. De outro modo, evidencia-se com isso, a emergência da discussão acerca da relação entre consumo e cidadania, ou ainda, do consumo responsável como determinante, por intermédio do controle social, dos produtos fornecidos pela iniciativa privada e da qualidade da provisão dos meios de consumo coletivo gerida pelo Estado.

Ministrante: Ma. Stella D’Angelis Rodrigues Rocha


MC 05 – La UNESCO y el libre comercio cultural

Carga Horária: 1h45min.

Vagas: 30 (trinta).

Data e hora: 29/06 – 15:00.

Local: Bloco K Sala 4 – UNIOESTE.

Descrição: La actividad busca brindar una síntesis de los temas principales en las declaraciones de la UNESCO en clave de la generación del ordenamiento del comercio internacional de cultura. También se plantearán interrogantes alrededor de los tratados de libre comercio que incluyen la liberalización del comercio de servicios sin distinguir el ámbito cultural.

Ministrantes: Lic. Juan Manuel Zanabria e Esp. Rafael Henrique Cruz de Sousa


MC 06 – Sistemas de Informação Cultural: a experiência Argentina

Carga Horária: 1h45min.

Vagas: 30 (trinta).

Data e hora: 29/06 – 16:45.

Local: Bloco K Sala 4 – UNIOESTE.

Descrição: Utilizando como apoio a experiência argentina com a consolidação do Sistema de Informação Cultural da Argentina (SInCA), serviço público de estatística e informação cultural criado em 2007 e dependente do Ministério de Cultura, a atividade apresentará os elementos que compõem um sistema de informação cultural apresentando suas características operacionais, aspectos metodológicos e teóricos dos sete elementos constituintes de um SIC, segundo o modelo argentino: Espaços e Agentes Culturais; Legislação Cultural; Institucionalidade e Orçamento Cultural; Agenda Cultural; Mapas Culturais, Indicadores e Publicações.

Temos como objetivo evidenciar a centralidade que vem tomando a cultura nos processos de desenvolvimento econômico e social, considerando que este avanço deve ser acompanhado por subsídios de informação e estatística cultural que garantam, no âmbito das políticas públicas, aspectos vinculados a diversidade cultural e a democratização de acesso a recursos, bens e serviços culturais. De igual maneira, esperamos compartilhar as práticas do SInCA para uso na realidade local dos participantes, na gestão pública ou no âmbito de pesquisa e apresentar instâncias de intercâmbio regional como o Sistema de Informação Cultural do MERCOSUL (SICSUR), iniciativa transdisciplinar de permanente colaboração integrante do MERCOSUL Cultural.

Ministrantes: Bela. Daniela Yamashita Unzain e Esp. Rafael Henrique Cruz de Sousa


MC 07 – Movimentos Sociais e Pesquisa: Investigação Ação Participativa (I.A.P) e as Transformações Sociais em Latina América

Carga Horária: 03 horas.

Vagas: 30 (trinta).

Data e hora: 30/06 – 15:00.

Local: Bloco G Sala 1 – UNIOESTE.

Descrição: No contexto das históricas crises ecológicas, sócias, culturais, econômicas e políticas de Latino América é necessário institucionalizar e reconhecer correntes de pensamento e ferramentas de pesquisa, que articulem seus processos nas lutas pelas garantias dos direitos das periferias do capitalismo, compreendendo a importância do dialogo entre a academia e os saberes populares e tradicionais; para por médio da reflexão, ação, participação, conscientização, promover o empoderamento das comunidades que tem sido submetidas, marginalizadas e exploradas pelos centros de poder econômicos e políticos regionais e internacionais, aportando nas mudanças das realidades.

Esta tradição de pesquisa Investigação-Ação-Participativa (I.A.P.) que nasce em Latino América, reflexa complexidade e heterogeneidade, tendo como característica central o compromisso com a transformação das injustiças sociais, além do rompimento do eurocentrismo acadêmico que cheia os espaços educativos da região de notáveis incongruências e contradições. É assim como o objetivo geral do minicurso é brindar aos participantes ferramentas teórico-práticas para o desenvolvimento de experiências desde esta perspectiva. O minicurso tem uma carga horaria de 3 horas e 30 minutos que vão-se dividir em: 1). Apresentação da metodologia 2). Apresentação dos princípios básicos e historia da I.A.P. 3). Exposição de experiências 4). Apresentação de vídeo 5). Pausa 6). Debate, dialogo e trabalho em grupos 7). Conclusões finais

Ministrantes: Esp. Iván Mauricio Perdomo Villamil e Bela. Natali Aristizabal Lancheros


MC 08 – Conhecimentos Tradicionais, propriedade intelectual e repartição equitativa dos benefícios

Carga Horária: 03 horas.

Vagas: 20 (vinte).

Data e hora: 30/06 – 15:00.

Local: Bloco G Sala 2 – UNIOESTE.

Descrição: O reconhecimento efetivo dos conhecimentos tradicionais passa pelo enfrentamento do modelo hegemônico, como desafio pós-colonial nas sociedades contemporâneas, buscando novas perspectivas de empoderamento das comunidades, superando o uso do direito como ferramenta para manter as inequidades e injustiças existentes. Neste contexto, o minicurso tem por objetivo debater sobre os sistemas de proteção, valorização e acesso aos conhecimentos tradicionais, bem como a propriedade intelectual e à repartição justa e equitativa dos benefícios advindos da utilização destes conhecimentos.

O debate será permeado pela análise dos principais Tratados Internacionais referente aos conhecimentos tradicionais e das políticas públicas direcionadas à implementação destes direitos no contexto de países da América Latina, com especial enfoque no reflexo que esses direitos têm, ou não, no processo emancipatórios dos povos e comunidades tradicionais.

Ministrante: Luciana Stephani Silva Iocca


MC 09 – Relações de Gênero, raça e sexualidade na sociedade cubana no contexto revolucionário

Carga Horária: 03 horas.

Vagas: 30 (trinta).

Data e hora: 30/06 – 15:00.

Local: Bloco G Sala 3 – UNIOESTE.

Descrição: Este minicurso possui como proposta discutir o tema das relações de gênero, raça e sexualidade na sociedade cubana no contexto revolucionário, entre 1959 e 2012, considerando suas diferentes nuances e abordagens dentro das diversas fases da revolução.

A sociedade cubana foi constituída sobre bases estruturais hierárquicas que fundamentaram historicamente a dinâmica das relações de poder. Até o ano de 1959 as assimetrias eram características visíveis desta sociedade, onde as mulheres e a população negra foram historicamente marginalizadas dos espaços de poder. As mulheres negras, particularmente, foram alvos da intersecção dos sistemas combinados de opressão que as posicionava na base da pirâmide social. Portanto, compreender a concepção política-ideológica que guiou as ações do governo revolucionário a partir de 1959 nos temas de gênero, raça, sexualidade e as suas intersecções, possibilita identificar o cerne e a magnitude do projeto político proposto e os níveis de rupturas e permanências efetivados com o sistema anterior.

Coordenadores: Ma. Giselle Cristina dos Anjos Santos


MC 10 – Manifestos modernistas recriam identidades na América Latina

Carga Horária: 03 horas.

Vagas: 30 (trinta).

Data e hora: 30/06 – 15:00.

Local: Bloco G Sala 4 – UNIOESTE.

Descrição: O mini-curso “Manifestos modernistas recriam identidades na América Latina” pretende promover a leitura crítica de alguns manifestos latino-americanos, que tiveram importantes desdobramentos na História da Arte da América Latina, desde os primeiros tempos do(s) modernismo(s). Pretende-se analisar o significado dos manifestos modernistas inaugurais cuja força principal consistia em dar sentido a uma determinada linguagem artística e refundar identidades em novas bases conceituais, aliou-se uma postura estética, e muitas vezes política, em um cenário específico, à uma busca identitária.

Conteúdo: Importância dos Manifestos Modernistas (definidores de tendências estéticas; afirmadoras de ações culturais e políticas; mudanças de paradigmas estéticos-conceituais). Esgotamento do modelo acadêmico de produção artística.Transição para o modernismo (modernismos específicos; características locais e comuns entre os países; afirmação das identidades)

Metodologia: Leitura de manifestos relevantes da América Latina: México, Brasil, Argentina, Perú, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Cuba, Chile, acompanhados por leitura de obras dos artistas associados a esses manifestos.

Coordenadores: Dra. Maria Margarida Cintra Nepomuceno e Dra. Simone Rocha de Abreu


MC 11 – Crónica – a narrativa simbólica e política da América Latina

Carga Horária: 03 horas.

Vagas: 10 (dez)

Data e hora: 30/06 – 15:00.

Local: Bloco F Sala 1 – UNIOESTE.

Descrição: Uma parcela do jornalismo latino-americano apresenta-se, atualmente, provido de características que contradizem a produção imediatista adotada por muitos meios de comunicação no último século, e no qual tornou-se modus operandi do modelo empresarial e massivo. Uma rede de jornalistas que demarca um tipo de elaboração já utilizada em outras décadas, porém agora com as ferramentas da internet e por meio de uma visão estético-subjetiva de análise e representação, desmistifica o padrão empregado pelos meios de comunicação de massa e hegemônica.

Ao mediar uma discussão acerca de crónicas, documentos históricos, e contos latino-americanos, o minicurso busca apresentar uma produção autoral característica da região – centralizada em revistas digitais especializadas em crónicas –, assim como perceber os nuances da formação simbólica em torno da produção jornalística sobre o sujeito político latino-americano na atualidade. Aprofundar e reconhecer – são as ferramentas que são utilizadas durante o curso para o aprofundamento de leituras decoloniais do pensamento latino-americano, e para o reconhecimento do jornalismo, através da crónica, como mais uma onda que fomenta a pluralidade e a interculturalidade. Estabelecendo uma conexão enquanto maneiras de lançar luz para outras histórias, outras sabedorias, e refletir os encubrimientos políticos e sociais.

Coordenadores: Bel. Guilherme Silva da Cruz