Grupos de Trabalho

GT 1- JUVENTUDES E EDUCAÇÃO

 

Dr. Victor Hugo Nedel Oliveira-Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Dra. Miriam Pires Corrêa de Lacerda-Universidade LaSalle.

 

Estudar as juventudes contemporâneas e suas relações com as mais diferentes temáticas e os diferentes campos do conhecimento faz-se oportuno em uma sociedade que, cada vez mais, subestima as capacidades destes sujeitos. O principal objetivo do Grupo de Trabalho “Juventudes e Educação” é estabelecer discussões sobre as Culturas Juvenis contemporâneas e suas interfaces com a Educação, Sociologia, Antropologia, Ciência Política, Serviço Social e Psicologia socializando pesquisas científicas, reflexões e experiências, articuladas a diferentes contextos. Como aporte teórico, recorre-se aos autores referências no campo das Juventudes, quais sejam: José Machado Pais; Carles Feixa; Juarez Dayrell; Jesus Martín-Barbero; Rossana Reguillo; Mário Margulis; Néstor Garcia Canclini; Helena Wendel Abramo; Regina Novaes, entre outros. Há o entendimento, de acordo com a leitura de Feixa (2004), de que as culturas juvenis são as formas pelas quais os jovens estabelecem relações no coletivo, em espaços intersticiais à vida institucional, ou seja, o conceito de coletividade é presente em tais discussões. Ainda, em consonância com Dayrell e Carrano (2014), há que se esclarecer que “as práticas culturais juvenis não são homogêneas. As configurações sociais em torno das identidades culturais não se constituem abstratamente, mas se orientam conforme os objetivos que as coletividades juvenis são capazes de processar num contexto de múltiplas influências externas e de interesses produzidos no interior de cada agrupamento específico.” São contempladas pesquisas, reflexões, relatos de experiências e outros textos que articulem as temáticas das juventudes com: a escola, a cidade, a cultura, as sociabilidades, o meio ambiente, o cotidiano, o trabalho, a transição para a vida adulta, as políticas públicas, a vida rural, o ensino superior, as questões de gênero, as migrações, a violência e outros temas pertinentes. Em relação às diretrizes que orientam os trabalhos contemplados no GT, pesquisas e relatos que apresentem discussões teóricas; discussões teórico-analíticas; resultados de pesquisa e relatos de experiência serão apreciados. Neste sentido, é ampla a margem de possibilidades de trabalhos a serem inscritos no GT Juventudes e Educação, possibilitando o alargamento destas discussões as quais configuram-se como importantes não apenas para o campo das juventudes, mas também para a academia e para a sociedade como um todo, em especial na atual conjuntura de constantes ataques à democracia.

GT 2-PRÁTICAS DECOLONIAIS NO ENSINO DE LÍNGUAS

Dranda. Ana Carla Barros Sobreira -IEL-UNICAMP-CAPES

Licen.Freddy Calderon Choque-UTO- CS – BO

 

A proposta de um GT inserido no campo da Linguística Aplicada e que se baseia na perspectiva dos Estudos Decoloniais e do Letramento Crítico, atesta a indisciplinariedade, transdisciplinariedade e multidisciplinariedade como características preponderantes no nosso contexto atual. Objetivamos produzir conhecimentos a partir de uma visão anti-hegemônica no ensino de línguas, que observem o desenvolvimento da criticidade nos alunos por meio de atitudes decoloniais. Nesse contexto, visamos tecer diálogos para desconstruir práticas pedagógicas etnocêntricas, ou seja, ressignificando os espaços de aprendizagem, transgredindo as formas de ensinar e aprender línguas adicionais e a reboque, transpondo os limites tradicionais das atividades escolares. Buscamos levantar discussões sobre a necessidade de desenvolvimento de pedagogias transgressivas e decoloniais, como forma de propiciar processos educacionais que possam subverter os padrões impostos e normatizados nas práticas escolares. Esperamos receber trabalhos concluídos ou em andamento, relatos de experiência em sala de aula, praticas pedagógicas presenciais e/ou no contexto do ciberespaço, que abordem pesquisas relacionadas às Perspectivas Decoloniais e que dialoguem com práticas de sala de aula de professores de línguas adicionais de Inglês, Espanhol e Português para Estrangeiros.

GT 3- PEDAGOGIAS EM TRANSIÇÃO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL POPULAR, EDUCAÇÃO ESPECIAL E ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO, PRÁTICAS EDUCATIVAS COM INFÂNCIAS, JUVENTUDES E ADULTOS NO MUNDO PANDÊMICO

Dranda.Viviane Hasfeld Machado-no PPG de Educação em Ciências -Universidade Federal de Rio Grande

Dranda.Tatiane Mena Silveira Melgares-Programa de Pós-Graduação em Educação UFPEL

Drando.William Leonardo Gomez Lotero-Doutorado em Educação Ambiental

Drando.Everton Fêrrêr de Oliveira- Doutorado em Educação Ambiental-FURG.

 

O GT apresenta como objetivos: a) Estabelecer uma rede dialógica sobre as políticas, processos e práticas educativas nas modalidades especializadas de ensino; b) Debater sobre propostas sobre os fundamentos e práticas em educação popular ambiental com vistas extensão um universitária na realidade pandêmica; c) Compreender os processos de ensino originados  no período da pandemia da COVID -19 nos contextos escolares e não escolares públicos; d) Compartilhar experiências sobre  as narrativas de jovens LGBTQI  sobre as vivências e o retorno aos espaços escolares. Propõe-se um espaço plural, atento a diversidade para compartilhamento de experiências na realidade pandêmica. Do recorte temático gostaríamos de reunir pessoas interessadas em dialogar sobre “práticas e reflexões”, sendo que propostas finalizadas ou em andamento são bem-vindas. A necessidade levou muitas pessoas a se reinventarem em suas relações sociais. Este GT propõe o olhar sobre a transição das pedagogias que estiveram presentes e transversalizadas, por vezes invisibilizadas, mas que num mundo pandêmico tiveram de criar soluções e alternativas ou ainda buscam por elas. Neste sentido, aqueles interessados em compartilhar suas reflexões sobre as salas de recurso multifuncional e o atendimento educacional especializado, políticas e gestão dos processos de educação especial nas instituições educacionais, especialmente pelo cenário da atualidade, face à nova “Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida – PNEE” Instituída pelo Decreto 10.502 de 30 de Setembro de 2020 e as consequências na educação inclusiva que vem sendo construída nas últimas décadas. Também a Educação de Jovens e Adultos (EJA) que vem sofrendo um desmonte com o fechamento de milhares de salas de aula, fragilidade na oferta de exames de suplência pelo Ministério da Educação. A educação ao longo da Vida não é um mérito da área de educação Especial, mas uma “declaração” cunhada na Conferência Internacional de Educação de Adultos realizada pela primeira vez no continente americano no ano de 2009 e teve como sede a cidade de Belém no Estado do Pará. Além disso, pensamos no cruzamento com trabalhos que têm lidado com segurança alimentar e suas alternativas, economia solidária e mundo do trabalho, crise climática, natureza e tecnologia entre outros recortes com escopo dos fundamentos e práticas em da educação popular ambiental. Pois todas a áreas estão interligadas, seja pelas epistemologias e ideologias que as sustentam. Neste sentido, face a premência de uma compreensão da sustentabilidade na sobrevivência dos seres humanos e não humanos, atendidos em modalidades especializada ou não, propomos este GT num mundo em transição com Pedagogias em transição.

 

GT 4- AS VERTENTES DAS TEORIAS PÓS-ESTRUTURALISTAS E DAS FILOSOFIAS DA DIFERENÇA NA PRODUÇÃO DECOLONIAL DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

 

Dra. Dulce Mari da Silva Voss- Universidade Federal do Pampa

Dranda. Eliada Mayara Cardoso da Silva Alves- Universidade Federal de Pelotas

Dr. Eduardo Nunes Jacondino- Universidade do Oeste do Paraná

 

 

O objeto dos conhecimentos produzidos nas ciências humanas e sociais é “o homem”, sujeito centrado no modelo eurocêntrico forjado pelo/no Iluminismo, Humanismo e Liberalismo. Assim como dito por Nietzsche: “Humano, demasiado Humano”. Discursividade que serviu e ainda serve, em grande parte, de vetor da produção do pensamento moderno autocentrado na Europa. Essa metanarrativa traduz e define uma verdade do conhecimento científico, relegando culturas e coletividades a uma condição de subalternidade que as posiciona no limiar civilizatório para subjuga-las ao crivo da colonização. Um movimento de desterritorialização de todas as formas de territorialidade e conjugalidade ante a tomada das terras, os saques, os genocídios e a escravização de populações originárias da África (em 1415) e da América (em 1492). Colonização que induziu a adoção do modelo semiótico europeu como padrão de vida, como código de definição e organização das categorias identitárias e das diferenças expressas em categorias separadas e hierarquizadas – nacionalidades, regionalidades, territorialidades, idiomas, símbolos, crenças e outros elementos usados para nomear, classificar e governar a vida no mundo dominado pelos europeus. Contudo, povos originários, comunidades periféricas e demais coletividades marginalizadas engendraram e engendram, até os dias de hoje, maneiras próprias de escapar à colonialidade eurocêntrica, borrando suas fronteiras, seus códigos morais, seus dispositivos de sujeição, uniformização e regulação da vida e da morte. São essas as histórias, epistemologias, antropologias, geografias que começam a mover o pensamento em outra direção e reinventar as ciências humanas e sociais num projeto voltado à decolonialidade do ser, saber e poder.  Neste GT objetivamos reunir pesquisadores/as, educadores/as, ativistas e demais sujeitos envolvidos na produção de conhecimentos em ciências humanas e sociais que tematizam a descolonização e a decolonialidade em seus estudos e ações políticas, de modo a fortalecer a análise operada em torno dessa problemática pela via das teorias Pós-Estruturalistas e Filosofias da Diferença. E, nesse sentido, multiplicar as vozes que denunciam a perversidade da colonização e da colonialidade e, ao mesmo tempo, fazer ecoar a pluralidade de saberes e existências que povoam o sul global. Ou seja: “uma outra ordem mundial é a luta pela criação de um mundo onde muitos mundos possam existir, e onde, portanto, diferentes concepções de tempo, espaço, subjetividade possam coexistir e também se relacionar produtivamente” (MALDONADO-TORRES, IN: BERNARDINO-COSTA; MALDONADO-TORRES; GROSFOGUEL, 2019, p. 35-36).

 

GT 5-CIÊNCIA E EDUCAÇÃO

 

Dr. Peterson Fernando Kepps da Silva- Universidade Federal do Rio Grande / EMEF Cecília Meireles, Pelotas/RS

Drando.Igor Daniel Martins Pereira- Universidade Federal de Pelotas/Universidade Federal de Rio Grande/ Secretaria de Educação de Bagé

 

 

O presente Grupo de Trabalho (GT), visa a discussão teórico-prática e teórico-metodológica sobre educação, aprendizagem, avaliação e currículo no âmbito das ciências. Desse modo, este GT acolhe pesquisas em desenvolvimento ou concluídas, produzidas por graduandos e pós-graduandos, professores e pesquisadores da área das ciências, que possam contribuir com as discussões propostas. A educação, para este GT é compreendida como aquela que possibilita a ampliação do que se entende como escola, envolvendo nesse escopo, a aprendizagem, a avaliação e o currículo. Portanto, a educação em ciências, tem como mote a compreensão de processo, uma vez que não se pode pensar a educação como algo estático: por si só o pensar é ação. Desse modo, para defender a concepção de educação aqui apresentada, nos baseamos em Biesta, Maschellein e Simons, e Freire. Para os autores, o objetivo da educação é proporcionar às crianças e aos adolescentes a suspensão do mundo vivido: a escola é o lugar da educação, pois é nela que crianças e adolescentes experimentam um lugar diferente da contingência humana: a vida social. Na escola, o fazer educação precisa levar em conta a complexidade do ato pedagógico. Isto é, a discussão sobre aprendizagem, avaliação e currículo precisa estar em articulação aos contextos vigentes: as políticas educacionais, a economia, o social e aos contextos locais. Desse modo, a educação científica alinha-se com a ideia de que avaliar é garantir a possibilidade de expressão das mais diversas formas de compreensão dos conteúdos, não só os disciplinares, tratando-se de uma avaliação formativa (SOUZA e BORUCHOVITCH). De mesmo modo, este GT entende, baseado em Silva, Macedo e Veiga-Neto que o currículo escolar está imbricado na construção do tipo de sujeito que se pretende formar. Sua potência está na sua estrutura formadora, naquilo que o alimenta, isto é: a escola em funcionamento, seus espaços, regras, normas e diretrizes, disciplinas. O que perpassa desde a atuação do professor, o desenvolver/fazer pedagógico, até os objetivos da instituição escolar e como esses são desenvolvidos no e com os estudantes. Acreditamos, por fim, que as ciências colaboram nesse processo de fazer escola e educação, pois possibilita pensar as relações, conteúdo, aprendizagem, avaliação e currículo na escola. Porque pensar ciências a partir da concepção de Maturana, de Fourez, de Cachapuz et al., e tantos outros autores possibilita analisar o mundo com os óculos científico, mas não acreditando que estes trazem uma única verdade, se não o contrário, esses óculos ajudam, em meio a muitos outros, a compreender os discursos vigentes. Ajuda a entender o mundo a partir e através desse conhecimento que é humano e, portanto, uma construção nossa, circunscrita num determinado período e não neutra. Nesses termos, a questão que permeia a discussão que se intenta neste GT é: que educação científica queremos?

GT 6- O QUÊ PAULO FREIRE NOS ENSINA? TRANSVERSALIDADES, AMOROSIDADES, MEMÓRIAS E RESISTÊNCIAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Dra. Bárbara Regina Gonçalves Vaz- UNIPAMPA

Dr. Eduardo Garralaga Melgar Junior- UNIPAMPA

Dra. Jeruza da Rosa da Rocha-UNIPAMPA

Dranda. Liana Barcelos Porto-UFPEL

 

O grupo de trabalho propõe discutir os ensinamentos freirianos em diálogo com a educação básica em tempos de pandemia. Ao narrar os acontecimentos da escola o(a) docente/pesquisador(a) apresentará suas reflexões sobre os desafios, avanços e resistências da educação básica em relação a crise sanitária, política e social vivenciadas no chão da escola pública. A precarização da vida ganhou visibilidade. A escola já esbravejava, e nas desigualdades construía possibilidades que buscavam redimensionar a vida, para a dignidade humana, a equidade e o protagonismo comunitário para a transformação social. Com a indagação buscamos neste grupo de trabalho: dialogar sobre as contribuições de Freire para a educação em pandemia; indagar a educação básica sobre os ensinamentos freirianos em tempos de pandemia; construir reflexões sobre as (re)invenções pedagógicas; esperançar no caminho da resistência; narrar a luta contra a discriminação, a invisibilidade e a exclusão na escola; posicionar a práxis docente em defesa da formação ética, crítica e política dos educandos. No centenário de nascimento de Paulo Freire homenageamos esse educador social, patrono da educação brasileira, reconhecido internacionalmente como um dos mais importantes intelectuais da atualidade. Suas obras não respeitam fronteiras, adentram aos mais diferentes continentes e contextos, na diferença produz efeitos e com elas, transforma perspectivas e realidades. Transformar a realidade da educação, promove o levante necessário à transformação social, que busca construir e ao esperançar, jamais esmorecer, dando as mãos para na coletividade avançar.  Esse GT desafia a todos, todas e todes a aprender, pensar e construir coletivamente outras saídas. Freire chama atenção para o inacabado, processos educacionais humanizantes que potencializam a educação a partir da indagação histórica, social, cultural, política, ética e estética. Para pensarmos os protagonismos das escolas nesse tempo de crise sanitária, vislumbramos na educação libertadora, democrática e justa, alternativas que reinventam a vida, reconstroem possibilidades e libertam a escola das amarras pedagógicas opressoras. A proposição do GT é um convite ao diálogo, ao esperançar necessário a construção de uma escola comprometida com a vida e o meio ambiente, numa ação e reflexão que supere o clientelismo autoritário da escola. A pandemia reforçou o que Freire em 1968 na Pedagogia do Oprimido já problematizava, a necessidade da construção de uma escola sem muros. Educadores e família criaram novos modos de aprender, ato criador da ressignificação e transformação da educação pela escola, família e crianças. Esperamos que os partícipes deste GT ao construírem suas narrativas compreendam a experiência não como algo exterior ao indivíduo, mas algo que sugere uma interface entre interior e exterior; logo o indivíduo que a vive, concede que algo lhe aconteça, que algo lhe toque. O indivíduo da experiência é consciente de sua condição de construtor do conhecimento E essa é nossa proposta aos pesquisadores e docentes que compartilhem com este GT suas narrativas, suas experiências, seus movimentos educacionais inacabados construídos a partir dos ensinamentos freirianos. Viva a Freire, a Escola Pública e a Resistência! Dialogue com a transformação! Liberte-se e se inscreva!

GT 7- HISTÓRIA, MEMÓRIA E IDENTIDADE

 Dr. Alan Dutra de Melo- Universidade Federal do Pampa

Dra. Hilda Jaqueline de Fraga- Universidade Federal do Pampa

Dr. Ronaldo Bernardino Colvero- Universidade Federal do Pampa

O objetivo é estabelecer aproximações entre a história, memória e Identidade elementos importantes na compreensão das sociedades de Fronteiras. As relações de poder instituída ao longo do tempo pelas Elites alteraram as relações entre estado e sociedade estabelecendo um novo contexto social nestas regiões. As Políticas Públicas em regiões de fronteiras necessitam de uma melhor compreensão da realidade social para isto é importante congregar nestas discussões os diferentes saberes de todas as áreas do conhecimento

GT 8- MUNDO ÁRABE CONTEMPORÂNEO: REFLEXÕES HISTÓRICAS, POLÍTICAS E CULTURAIS

 

Dr.Edison Cruxen- Universidade Federal do Pampa/Jaguarão

Dr. Mohammed Nadir- Universidade Federal do ABC Paulista

Dr. Caiuá Al-Alam- Universidade Federal do Pampa/Jaguarão

 

O presente GT constitui uma parceria entre o Laboratório de Estudos da História do Mundo Árabe e Islã (LEHMAI/UNIPAMPA), coordenado pelo Prof. Dr. Edison Cruxen; o Laboratório de História Política e Social (LAHISP/UNIPAMPA), coordenado pelo Prof. Dr. Caiuá Al-Alam e o Prof. Dr. Mohammed Nadir, docente do bacharelado e coordenador do GT África no OPEB/UFABC. O GT nasce de uma perspectiva Multidisciplinar entre três áreas das humanidades: História, Política e Relações Internacionais. A proposta objetiva a constituição de um espaço acadêmico para socialização e debate sobre o mundo árabe contemporâneo, em suas diversas perspectivas históricas, políticas, sociais e culturais. Se propõe a reunir investigadores, discentes e docentes, dispostos a construir reflexões que busquem uma melhor compreensão sobre a história contemporânea do mundo árabe e Islã. O GT se pretende enquanto um fórum de desconstrução de preconceitos, ainda tão fortemente marcados em nossa sociedade e, mesmo, no meio acadêmico, no que se refere a este tema. Objetiva também pensar a complexidade e as variedades do mundo árabe em seus processos históricos e políticos contemporâneos, rompendo a visão monobloco, determinista e generalista fomentada, muitas vezes, nos meios de comunicação. O GT Mundo Árabe Contemporâneo: Reflexões Históricas, Políticas e Culturais, está aberto para receber contribuições que provenham de diferentes experiências sobre o tema, tais como: pesquisas concluídas, em desenvolvimento ou estágio inicial; vivências docentes em sala de aula, no ensino médio ou superior; experiências de atividades acadêmicas promovidas em laboratórios, grupos de investigação e estudos, que provenham dos mais diversos campos de conhecimento. O recorte temporal, com perspectiva flexível, está previsto desde o início do século XX até os dias atuais. O recorte espacial concerne não apenas ao Oriente Médio, mas também a presença de imigrantes e descendentes da cultura árabe e Islã no Brasil, no continente americano e no resto do mundo. Contemporaneamente o mundo árabe e islâmico tem passado por situações e transformações que repercutem na política e economia da comunidade internacional, como o conflito Israel-Palestina, Primavera Árabe, instabilidade na Síria, diásporas para o Ocidente, retorno dos talibãs ao poder no Afeganistão, dentre tantos outros. Se faz necessário perceber que este não é um mundo separado do nosso e que mútuas influências e impactos se fazem sentir, não apenas contemporaneamente, mas ao longo de toda História.

GT 9-ENTRETENIMENTO E [ADAPTAÇÕES COMO] PRÁTICAS TRANSMÍDIA

Dr. Dario de Souza Mesquita Junior- Departamento de Arte e Cultura/UFSCar

Me. Yan Masetto Nicolai- PPGL – UFSCar

Meio ao atual contexto econômico, tecnológico e cultural, multiplicam-se as práticas em que o conteúdo converge por distintas mídias e plataformas, proporcionando experiências de entretenimento mais intensificadas e abertas para participação do público. Isso, associado a hábitos de consumo sustentados pelo grande fluxo de informações, cria possibilidades criativas que se traduzem por práticas transmídia, ao mesmo tempo que emergem reflexões sobre os conteúdos pode ser articulado e integrado através de de mídias e plataformas – num combinatório que podemos denominar de multiplataformas. 
Pela lógica transmídia, mundos ficcionais são concebidos, experenciados e entregues de forma coerente por meio de livros, quadrinhos e videogames. Scolari (2017) defende que é preciso discutir a lógica transmídia em conjunto com diferentes campos a fim de sempre renovar as reflexões no atual cenário comunicativo, em que todos os projetos criativos precisam atuar por diferentes meios e todo consumo midiático se dá por distintas telas e de forma participativa. Os diferentes públicos dos meios de comunicação agora atuam conectados às redes, demandando novas formas de experiência, atuando conjuntamente na criação e propagação de conteúdo. 
Teorizado primeiro por Henry Jenkins, pelo conceito de transmedia storytelling (traduzido no Brasil como narrativa transmídia), a lógica transmídia vai além da formulação teórica estabelecida pelo autor em criar uma experiência em que cada meio explora uma nova história de um mundo complexo. Há outros percursos teóricos e metodológicos que refletem sobre o fenômeno por diferentes perspectivas, como a partir do campo literário, do design e dos videogames. Caminhos explorados por autores como Masha Kinder (1991), Carlos A. Scolari (2013), Maurie-Laurie Ryan (2013), Christy Dena (2009), Marc Steinberg (2018), Lisbeth Klastrup e Susana Tosca (2004), João Massarolo (2011), Yvana Fetiche (et al., 2013) e Lucia Santaella (2013)
Em comum, todos os autores abordam sobre como um universo de histórias pode ser explorado e expandido por distintas linguagens e interfaces. Esta expansão permite, por exemplo, que elementos dispersos possam ser apropriados facilmente pelo público ou originar franquias de entretenimento – propriedades intelectuais geridas a longo prazo e por diferentes contextos culturais 
Nesses parâmetros, a presente proposta de grupo temático busca abarcar essas diferentes abordagens dos fenômenos relacionados às práticas transmídia no entretenimento. O grupo objetiva ser uma interface cabível entre diferentes áreas do conhecimento que tomem o entretenimento como objeto de estudo, abordando fenômenos como a transposição de mundos originários de obras literárias para o cinema, de videogames para livros ou até mesmo séries audiovisuais. Pode-se explorar também fanfics (ficções de fãs) ou contos em blogs derivados de obras audiovisuais e literárias.

 

GT 10- GT TURISMO, LAZER E CULTURA: POSSIBILIDADES, CRIATIVIDADE E INCLUSÃO

 

Dra. Alessandra Buriol Farinha-UNIPAMPA

(In memorian)Dra. Adriana Pisoni da Silva-UNIPAMPA

Dra. Ângela Mara Bento Ribeiro-UNIPAMPA

Dra. Patrícia Schneider Severo-UNIPAMPA

Entende-se que as discussões, pesquisas e contribuições de turismo, lazer e cultura devem estar conectadas com a perspectiva hodierna, voltada para o humanismo, os saberes tradicionais, a autoestima de autóctones e com o planejamento turístico inclinado a priorizar as comunidades locais nos processos e relações que surgem da atividade turística. Propostas de turismo e lazer coerentes com a realidade local, criatividades na constituição de ações e espaços de hospitalidade, a promoção da interação social são aspectos relevantes para pensarmos novas formas de turismo, mais humano e conectado ao outro e menos no self, na individualidade e no consumismo que nos afasta. Nesse sentido, pode-se afirmar que o conhecimento dos bens culturais e sua valorização, as parcerias entre instituições público/privadas interessadas são importantes para que haja a integração social e para que o turismo seja menos negativamente impactante, mais justo e humanizado. Este grupo de trabalho propõe contemplar estudos e pesquisas em turismo, lazer e cultura, mercado turístico, cases de turismo de base comunitária, impactos sociais, culturais, ambientais, as diversas interações e olhares de realidades locais e outros. Busca pesquisas com o intuito de apresentar o turismo, o lazer e a cultura como agentes indissociáveis e transformadores do meio social.

GT 11- A CRISE DA CURADORIA E A NECESSIDADE DE PESQUISAS CIENTÍFICAS EM ACERVOS ARQUEOLÓGICOS BRASILEIROS

 

Drando. Matheus Pereira da Costa- Universidade de São Paulo – USP

Dranda. Anne Kareninne Souza Castelo Branco- Universidade de São Paulo – USP

Dr. Camilo de Mello Vasconcellos- Universidade de São Paulo – USP

 

No cenário contemporâneo onde crises sanitárias se coadunam às crises museológico-curatoriais, faz-se necessário construir reflexões que nos aproximem das relações históricas entre sociedades, museus e o patrimônio arqueológico. Nos últimos anos, os museus e demais instituições de guarda e pesquisa, vem acompanhando um movimento ininterrupto de formação de acervos arqueológicos, tanto por pesquisas arqueológicas acadêmicas quanto por pesquisas preventivas. Neste ínterim, muitos pesquisadores têm posto em relevo os desafios e as potencialidades relacionadas à formação de acervos e coleções arqueológicas, sugerindo propostas que auxiliem no tratamento e extroversão da herança patrimonial. Em contexto internacional, essa problemática se insere enquanto parte daquilo que Voss (2012) definiu como a “crise dos acervos”, e que no contexto brasileiro vem ganhando novos contornos, especialmente, com aumento expressivo acervos que em sua maioria são incompatíveis com as estruturas operacionais das instituições. Essa situação observada em contexto local, regional, e nacional, tem sido identificada enquanto parte de uma estratigrafia do abandono, conceito sistematizado pela museóloga e pesquisadora Maria Cristina de Oliveira Bruno (1995). Essa estratigrafia acompanha historicamente os museus e tem sido responsável pela saturação dos processos de salvaguarda e comunicação museológica, tornando explícitos os descompassos gerados entre preservação e desenvolvimento. Com o objetivo de problematizar o fatídico abandono dos estudos sobre acervos arqueológicos na realidade brasileira, e consequentemente identificar os fatores responsáveis pelo isolamento das memórias sociais nos museus, notadamente, aqueles relacionados às sociedades indígenas, este grupo de trabalho propõe gerar discussões de cunho teórico-metodológicas, que se alinham a agenda contemporânea dos processos de musealização do patrimônio arqueológico,  incentivando apresentação de estratégias metodológicas que visam mitigar os impactos gerados nesses contextos. Tendo em vista a amplitude do tema, podem ser inscritos trabalhos que abordem a temática da memória e identidade em museus de arqueologia e demais instituições de guarda e pesquisa, experiências sobre musealização in situ e ex-situ, educação para o patrimônio arqueológico em espaços formais e não formais, demais experiências e estratégias educativo-culturais em espaços museais. Recomenda-se que as propostas se relacionem às temáticas dos processos de musealização da arqueologia, arqueologia pública, educação patrimonial, e museologia social.

 

GT 12- ESTUDOS SOBRE CORPO E DISCURSO NA ATUALIDADE

 

Dranda. Virginia Barbosa Lucena Caetano- Universidade Federal de Pelotas

Dranda. Millaine de Souza Carvalho- Universidade Federal de Pelotas

Dra. Naiara Souza da Silva- Universidade Federal de Pelotas

O corpo, na atualidade, configura-se como um dos principais espaços simbólicos na construção dos modos de subjetividade dos sujeitos. Le Breton (2012) propõe pensar que o corpo, na contemporaneidade, foi promovido a alter ego. Segundo o autor, o corpo passou a desempenhar o papel principal nas relações do sujeito com o mundo. Por vezes, é transmutado em substituto do sujeito. Assim, através da relação com o corpo, o sujeito “busca uma sociabilidade ausente, abrindo em si uma espécie de espaço dialógico que assimila o corpo à possessão de um objeto familiar, ou a alça à posição de parceiro” (LE BRETON, 2012, p. 249). Dessa forma, o corpo passa a ser cuidado, mimado, explorado como território a conquistar, objeto de atenções e investimentos. Cuidar bem do corpo passa a ser sinônimo de cuidar bem de si. Como consequência disso, tudo que envolve o corpo (forma, cor, sexulidade etc.) é submetido a rígidos padrões de adequação. Há normas, no imaginário social, que regem a relação dos sujeitos com seus corpos. Todos que resistem a esses processos de normatização, passam a ser marginalizados e excluídos. É imprescindível considerar, contudo, que “não há ritual sem falhas” (PÊCHEUX, [1978] 2014), o que nos permite afirmar também que não há submissão sem resistência. Encontramos, atualmente, uma grande expressão de movimentos de resistência aos padrões normatizados na formação social atual. Movimentos pelos direitos raciais, Movimento LGBTQIA+, Movimento Feminista, Movimento body positive são exemplos de movimentos de resistência cujas pautas de reivindicação passam pela relação com o corpo, de diferentes formas. Importante ressaltar que o referimos como corpo, no contexto de pesquisa aqui proposto, não diz respeito ao corpo orgânico, conforme concebido pelas ciências biológicas. Pensamos o corpo como lugar de subjetivação, “como materialidade que se constrói pelo discurso, se configura em torno de limites  e  se  submete  à  falha” (FERREIRA, 2013, p. 78). Tendo em vista o exposto, buscamos, neste Grupo de Trabalho, reunir pesquisas que se preocupam em mobilizar questões sobre a relação entre corpo, sujeito e sociedade. Compreendemos que o sujeito, constituído na relação com o simbólico, é/possui um corpo, que não é separado de sua subjetividade (VINHAS, 2014). Portanto, refletir sobre a relação entre corpo e subjetividade, a partir de diferentes perspectivas, nos permite, por consequência, refletir, também, sobre a forma como a sociedade se organiza histórica, política, cultural e ideologicamente.

GT 13- EDUCAÇÃO E MULTIDISCIPLINARIEDADE: REDES, PRÁTICAS E NARRATIVAS DAS CULTURAS CONTEMPORÂNEAS

 

Dra. Juliana Brandao Machado- Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA

Dr. Maurício Perondi- Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS

 

Este grupo de trabalho propõe discutir as relações entre pesquisa e sociedade, a partir do campo da educação, pensada aqui em suas distintas formas de manifestação, em que se somam as práticas da educação formal e também os processos de educação não-formal. O objetivo do GT é problematizar a cultura contemporânea na sua relação com o campo educacional e com a cibercultura. Assumindo a perspectiva multidisciplinar da constituição da discussão na área da educação, entendemos que a cibercultura tem se constituído como um desafio para os processos educativos, o que implica repensar a constituição dos sujeitos e o desenvolvimento das práticas pedagógicas, sobretudo a partir das experiências suscitadas com a pandemia da Covid-19. Vivemos num contexto complexo em que a ideia de “sociedade em rede”, preconizada e proposta por Castells (2007), emergência e afirmação das tecnologias digitais e o surgimento da cibercultura (Lévy, 2007) provocam a pensar em novas formas de situar a educação, as relações sociais e a construção identitária dos sujeitos. Além disso, de acordo com Lévy (2007), a emergência do ciberespaço possibilita o desenvolvimento de novas formas de acesso à informação e novos estilos de raciocínio e conhecimento, suscitando novas relações com o saber e com a aprendizagem. A cibercultura também apresenta uma nova relação com o saber e a aprendizagem. Nessa perspectiva, uma das possibilidades emergentes é a aprendizagem cooperativa, como forma de construção dos conhecimentos e aquisição dos saberes modificando os processos de aprendizagem. Assim, é um desafio problematizar as culturas contemporâneas diante do contexto da ubiquidade das redes, da informação, da comunicação, das cidades, dos corpos e das mentes, da aprendizagem, da vida, conforme propõe Santaella (2013). O GT também buscará discutir a relevância e a visibilidade desses temas no âmbito social, sobretudo, em tempos que emergem questionamentos sobre o papel da educação na sociedade contemporânea. Nesse sentido, serão acolhidas propostas de trabalho que abranjam discussões voltadas à área da educação, especialmente as que abordem as culturas infantis e juvenis, bem como trabalhos que discutam a cultura digital, na possibilidade de tecer redes de diálogo sobre as diferentes perspectivas das culturas contemporâneas e de estabelecer narrativas e práticas convergentes à educação.

 

GT 14-GEOGRAFIA E ARTE: PERSPECTIVAS PARA PENSAR E FAZER O COTIDIANO

Dra. Ana Zeferina Ferreira Maio- Universidade Federal do Rio Grande

Dra. Andrea Maio Ortigara- Universidade Federal de Pelotas

 

Como as/os sujeitas/os produzem cotidianidades no espaço urbano?
Como a arte e a geografia integram o cotidiano e marcam os lugares e a paisagem?
Como a geografia pode impulsionar os processos de criação e a produção de pensamentos na arte?
Como a arte pode colaborar na construção do pensamento geográfico?
Como a geografia pode significar a arte e como a arte pode contribuir na atribuição de sentidos na geografia? Como abordar o urbano e seus fenômenos pelo olhar da geografia e da arte?
Como criar interações entre a forma de pensar a arte e a geografia nos espaços educativos? Partindo do pressuposto que a geografia e a arte manifestam a possibilidade de se constituírem em experimentações que ultrapassam os limites do senso acadêmico formalmente estabelecido e são campos propícios à produção de diálogos plurais, o grupo de trabalho Geografia e arte: perspectivas para pensar e fazer o cotidiano se apresenta como uma proposta transdisciplinar sobre as diferentes maneiras de abordar o cotidiano na arte e na geografia.
Este grupo de trabalho tem como premissa compreender as subjetividades presentes nas experiências que envolvem a paisagem, os lugares e os territórios, uma vez que nos campos da arte e da geografia a vivência humana está intimamente ligada a experiência espacial.  Por conseguinte, este grupo de trabalho acolhe pesquisas que abordem o papel das emoções nos processos de transformação espacial; percepções das formas simbólicas; reflexões sobre as relações entre corpo e lugar, entre corpo e espaço público e entre corpo e espaço privado; relações entre a criação em arte e a conformação dos espaços; epistemologias desobedientes; estudos pós-coloniais; narrativas de si; dispositivos de memória, coleção e arquivo; análise de fontes escritas, visuais e sonoras em sua capacidade de testemunhar aspectos simbólicos de histórias de vida; fluxos e urbanidades contemporâneas; práticas cartográficas; abordagens voltadas as percepções e representações espaciais das cidades; vivências espaciais no/do cotidiano realizadas a partir de distintas perspectivas. A geografia e arte permeiam a vida em suas inúmeras dimensões, dentre estas os processos de criação. Portanto, interessa-nos trabalhos que envolvem elaborações que se constituem em diálogos possíveis de práticas que tramam a experiência vivida no espaço. A proposição deste grupo de trabalho visa reunir investigações que tencionam aportes teóricos e metodológicos que instauram e transversalizam o conhecimento contemporâneo.

 

 

GT 15- LINGUAGEM E O PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL: CONEXÕES E APRENDIZAGEM

 

Dr. Ailton Barcelos da Costa- PPGEEs – UFSCar

Dranda. Fernanda Squassoni Lazzarini- PPGEEs – UFSCar

Drando. Yan Masetto Nicolai- PPGL – UFSCar

 

Nas últimas décadas, a inclusão das Pessoas Público Alvo da Educação Especial (pessoas com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação) vem ganhando força no Brasil e no mundo, seja pela criação da Lei Brasileira de Inclusão, ou a Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas), que pressupõe, dentre outras medidas, assegurar a educação inclusiva para garantir um desenvolvimento equitativo e sustentável.
Em se tratando de Brasil, a educação inclusiva é tratada como sendo fruto de uma luta diária e não uma política de governo, entendendo-se como sendo aquela na qual o aluno tenha o seu direito de aprender preservado, independente de suas dificuldades motoras, sensoriais, mentais ou sociais. Nesse sentido, para que a inclusão do PAEE se efetive, a escola precisa romper com as barreiras arquitetônicas, sociais, atitudinais e de formação.
Com os avanços na política de inclusão e da educação para todos, houve um significativo aumento do percentual de alunos do PAEE matriculados no ensino regular, uma vez que a taxa de matrícula passou de 46,8% em 2007 para 85,9% em 2018. Evidentemente, ainda há muito o que se fazer, pois além de buscar a universalização do acesso a estes alunos na escola regular, resta ainda a melhoria da qualidade de ensino, e de fato se procurar que estas crianças de fato estejam inclusas e recebendo um ensino de qualidade.
Sobre a formação do docente para a atuação com PAEE, há um consenso de que ainda existe uma precariedade na sua formação e de conhecimentos básicos, tento em vista a falta de cursos superiores específicos de Licenciatura em Educação Especial ou de Pós-Graduação na área, ou mesmo a precariedade dos currículos da graduação das demais licenciaturas, cujos graduados deverão atuar no ensino regular, e, portanto, também no ensino do PAEE na respectiva sala inclusiva. Uma das defasagens está no fato de áreas que ensinam linguagens, principalmente línguas – maternas e estrangeiras –, seja para o PAEE, seja para alunos em geral. Dessa forma, conectar a inclusão ao ensino de línguas se torna importante e imperativo na atualidade.
Um dos aspectos possíveis de lidar com este tipo de relação está em metodologias e formas de se apresentar os alunos às competências linguísticas cabíveis de se declarar que um aluno tem autonomia na língua-alvo – seja a materna, seja a estrangeira. Partindo destas premissas, o presente grupo temático pretende receber trabalhos que visem a discussão – direta e indiretamente – de aspectos que envolvam Educação Especial, ensino de públicos de diversas faixas etárias e os desafios mais específicos do ensino de linguagens, e ainda mais focalizadas as línguas maternas e estrangeiras, com o objetivo de desenvolver o indivíduo para sua autonomia buscando os pontos fortes do que cada um tem – e não suas limitações, sejam quais forem.

 

GT 16- GEOECONOMIA E EDUCAÇÃO SUPERIOR

 

Dra. Marilú Angela Campagner- Universidade Federal do Pampa/UNIPAMPA

Ma. Mariza Cezira Campagner- Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ

 

Para iniciar, este trabalho, possui como objeto de estudo as políticas públicas e as relações internacionais da educação superior: análise a partir do perfil socioeconômico dos estudantes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. A educação como fomento do desenvolvimento econômico e humano é uma ideia considerável das culturas contemporâneas. Compreender como influencia o aperfeiçoamento é um desafio quando se trata da educação direcionada a quem não tem oportunidades. Nesse contexto, a universidade é a fonte das desiguais benesses econômicas, sociais, culturais e comportamento respeitados pela sociedade (OZTURK,2001). Dado que pessoas menos escolarizadas serão com maior probabilidade pobre no futuro, essa natureza diferenciada do investimento em educação leva à transmissão intergeracional da pobreza. O status socioeconômico das famílias é responsável pelas condições favoráveis ou desfavoráveis à preparação para o ingresso no ensino superior. Estas, envolvem fatores como: a disponibilidade e qualidade de serviços educacionais, a atratividade do mercado de trabalho local, a disponibilidade de recursos familiares (financeiros e não financeiros), o volume de recursos da comunidade em que o indivíduo vive, transferência direta de recursos para a escola. As variáveis socioeconômicas exercem influências sobre o crescimento e desempenho educacional. São citadas as rendas per capita, idade dos pais, tamanho da família, condições de habitação e de saneamento, escolaridade, ocupação e cultura dos pais. O resultado da influência das variáveis socioeconômicas sobre a educação pode ser determinado pela ação individual de cada uma, quanto por associações entre elas. Assim, se estipula o objetivo: Verificar as políticas públicas de educação superior e analisar a partir do perfil socioeconômico dos estudantes de graduação. Analisar as políticas públicas para a educação superior, com foco no setor público e mensurar a associação e os efeitos de variáveis socioeconômicas, culturais e de origem escolar existentes entre os estudantes. O conhecimento das características do estudante constitui ponto fundamental para análise e reformulação do sistema de ensino. Também, por haver, uma crença que as aspirações dos membros da classe baixa são conseguir um título acadêmico, dos cursos tradicionais – direito, medicina e engenharia. Os alunos que chegam à universidade provêm dos variados estratos da população e apresentam, diversificadas formações. Acredita-se que a partir, da ficha socioeconômica podem-se criar mecanismos capazes de adequar os propósitos dos cursos, com as características dos acadêmicos em questão. Este estudo torna-se relevante por conhecer o perfil dos alunos que buscam a IES. A importância do resultado é constituir em evidência empírica contra posicionamentos teóricos deterministas e reducionistas, que querem atribuir particular dimensão, a socio economia, um peso que ela não teve. Segundo o Inep (2017), reunir informações armazenadas em sua memória é uma das competências ponderadas. Outra seria mobilizar esse conhecimento para a resolução de problemas. Entende-se, que o desempenho do estudante universitário seja influenciado por realidades individual e social, isto é, pela situação socioeconômica em que está inserida e dá características próprias à sua formação pessoal e profissional.

 

GT 17- TURISMO E O COVID 19

 

Dra. Marilú Angela Campagner- Universidade Federal do Pampa/UNIPAMPA

Ma. Mariza Cezira Campagner- Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ

 

Na contemporaneidade, o mundo passa por outro período de pandemia, o da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Neste caso, no ano de 2020, a realidade da população mundial foi radicalmente afetada devido à pandemia pelo COVID-19. Este, denominado SARS-CoV-2, que pode causar na população desde infecções assintomáticas até quadros graves que levam à morte (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Devido à sua alta transmissibilidade e gravidade clínica, em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde pública e no dia 11 de março de 2020, a pandemia foi oficializada (https://news.un.org/pt/tags/organizacao-mundial-da-saude, verificado em 03 fevereiro de 2021). Neste caso, a Organização Mundial da Saúde, OMS, adotou a sigla Covid-19, que deriva da abreviação de “COrona VIrus Disease (Doença do Coronavírus) enquanto ‘19’ se refere a 2019, quando os primeiros casos em Wuhan, na China, foram divulgados publicamente pelo governo chinês” ( https://portal.fiocruz.br/, 2021). Ainda, desde o início da pandemia, através do Ministério do Turismo, Secretarias de Turismo, e Agências de Estado tem agido para proteger a população em geral, empresários, trabalhadores do setor, reduzindo os impactos culturais, sociais e econômicos, da pandemia do Covid-19, ao mesmo tempo atua para garantir a sociedade e, em especial, a proteção do turismo e/ou turistas. Ao escrever sobre o turismo e o Covid-19, no sistema turístico local, regional e nacional e/ou global, entende-se que, este, irá ajudar de forma assertiva a levantar quais as melhorias precisam ser efetuadas, em um período pós-pandemia, para garantir infraestrutura adequada, conforto e segurança para o turista. Nessa conjuntura, a educação possui um papel diferenciado e integrador do trabalhador com a sociedade. A educação consiste na utilização de ferramentas específicas para atender as demandas ou algum tipo de oportunidade de melhoria, em modelos de negócios, salas de treinamento de ensino remoto e ensino profissional regular.  É um saber indispensável e inerente às práticas pedagógicas, para a construção da participação corporativa, cultural e social. A educação online é uma realidade no ensino remoto emergencial, que ocorre em paralelo, mas não substitui o modelo convencional. Observa-se que mesmo que o Estado esteja tratando a Educação como um “serviço ou atividade essencial” ela é o primeiro direito social inscrito no art. 6o da Constituição Federal, não pode ser tratada como “serviço ou atividade essencial”. O debate tem como objetivo geral  apresentar um estudo sobre o Estado como agente produtor do espaço, verificando os efeitos dos programas governamentais significando pesquisar como o espaço é “organizado”, reordenado e ordenado no sentido de analisar o turismo e o Covid-19. A  escolha de um agente modelador, representado pelo   Estado,  justifica-se por duas razões: a  importância  que possui  este  agente  no processo de  organização  do turismo e o Covid-19,  pois   é o responsável direto  e/ou indireto pelas ações fundamentais ao processo de mitigação dos impactos da pandemia da COVID-19, no turismo. Tendo em vista a diversidade de serviços que compõem a cadeia produtiva do turismo: hospedagem, alimentos e bebidas, transportes, agências e operadoras de viagens, recreação e lazer entre outros é necessária a proposição de estratégias distintas que atendam às demandas de cada ramo.

 

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